Porque para Deus nada é impossível.
Lucas
1.37
E uma
mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu
marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o
credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.
E
Eliseu lhe disse: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. E ela
disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
Então
disse ele: Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias,
não poucas.
Então
entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas
aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia.
Partiu,
pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam
as vasilhas, e ela as enchia.
E
sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Traze-me ainda
uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. Então o azeite
parou.
Então
veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite, e
paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
¶ Sucedeu
também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual
o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali
entrava para comer pão.
E ela
disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é
um santo homem de Deus.
Façamos-lhe,
pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa,
uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se
recolherá.
E
sucedeu que um dia ele chegou ali, e recolheu-se àquele quarto, e se deitou.
Então
disse ao seu servo Geazi: Chama esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs
diante dele.
Porque
ele tinha falado a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o
desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti
ao rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu habito no meio do meu povo.
Então
disse ele: Que se há de fazer por ela? E Geazi disse: Ora ela não tem filho, e
seu marido é velho.
Por
isso disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.
E ele
disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E
disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
E
concebeu a mulher, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte,
segundo Eliseu lhe dissera.
¶ E,
crescendo o filho, sucedeu que um dia saiu para ter com seu pai, que estava com
os segadores,
E disse
a seu pai: Ai, a minha cabeça! Ai, a minha cabeça! Então disse a um moço:
Leva-o à sua mãe.
E ele o
tomou, e o levou à sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia, e
morreu.
E subiu
ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou a porta, e saiu.
E
chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas,
para que eu corra ao homem de Deus, e volte.
E disse
ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai
bem.
Então
albardou a jumenta, e disse ao seu servo: Guia e anda, e não te detenhas no
caminhar, senão quando eu to disser.
Partiu
ela, pois, e foi ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o
homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu servo: Eis aí a sunamita.
Agora,
pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu
marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.
Chegando
ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi
para retirá-la; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma está
triste de amargura, e o Senhor me encobriu, e não me manifestou.
E disse
ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?
E ele
disse a Geazi: Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na tua mão, e vai; se
encontrares alguém não o saúdes, e se alguém te saudar, não lhe respondas; e
põe o meu bordão sobre o rosto do menino.
Porém
disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de
deixar. Então ele se levantou, e a seguiu.
E Geazi
passou adiante deles, e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia
nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele, e lhe trouxe aviso,
dizendo: O menino não despertou.
E,
chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.
Então
entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.
E subiu
à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os
seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu
sobre ele; e a carne do menino aqueceu.
Depois
desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se
estendeu sobre ele, então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos.
Então
chamou a Geazi, e disse: Chama esta sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse
ele: Toma o teu filho.
E
entrou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu
filho e saiu.
¶ E,
voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra, e os filhos dos profetas
estavam assentados na sua presença; e disse ao seu servo: Põe a panela grande
ao lume, e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas.
Então
um deles saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela
enchendo a sua capa de colocíntidas; e veio, e as cortou na panela do caldo;
porque não as conheciam.
Assim
deram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo,
clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer.
Porém
ele disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Dai de comer ao povo.
E já não havia mal nenhum na panela.
E um
homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte
pães de cevada, e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que
coma.
Porém
seu servo disse: Como hei de pôr isto diante de cem homens? E disse ele: Dá ao
povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comerão, e sobejará.
Então
lhos pôs diante, e comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor.
2 Reis
4.1-44
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