Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos
céus, e na terra, e debaixo da terra,
Filipenses
2.10
O
argumento baseado na crença universal não pode ser desprezado.
O homem
em toda parte acredita na existência de um Ser Supremo ou seres a quem é
moralmente responsável e a quem necessita oferecer propiciação. Tal crença pode
ser crua e mesmo grotescamente representada e manifestada, mas a realidade do
fato não é mais invalidada por tal crueza do que a existência de um pai é
invalidada pelas cruas tentativas de uma criança para desenhar o retrato de seu
pai. - Evans
Personalidade
de Deus
Pode-se
definir personalidade como existência dotada de auto-consciência e do poder de
auto-determinação.
São
três os elementos constitutivos da personalidade: intelecto, ou poder de
pensar; sensibilidade, ou poder de sentir; e volição, ou poder de vontade.
Associados a esses, temos a consciência e a liberdade de escolha. Se puder provar
que a Deus são atribuídas operações de intelecto, sensibilidade e volição então
podem afirmar Sua personalidade.
1- A realidade bíblica da personalidade de
Deus é estabelecida pelos nomes dados a Deus e que revelam personalidade.
Um dos
nomes mais importantes pelos quais Deus se tem feito conhecer é o de “Jeová”.
Foi por esse nome e suas várias combinações que Ele se revelou nas diversas
relações que sustenta com os homens. Jeová foi revelado a Israel na ocasião em
que esse foi chamado a confiar em Deus numa nova relação de aliança.
Tudo
que significa para nós o nome de Jesus significava “Jeová” para o antigo
Israel. Significava para eles tudo que está envolvido na salvação e na benção.
“Eloim”
era Deus como Criador de todas as coisas, enquanto que “Jeová” era o mesmo Deus
em relação de aliança com aqueles que por Ele haviam sido criados. Jeová, pois,
significa o Único Ser eterno e imutável. Que era, que é e que há de vir. É o
Deus de Israel e o Deus daqueles que são remidos, pelo que agora, “em Cristo”,
podemos dizer: “Jeová é nosso Deus”.
O nome
de “Jeová” é combinado com outras palavras, sendo assim formados os chamados
“títulos jeovísticos”.
A) “EU SOU”
Êxodo 3.14 – Jô 8.58
Esse
nome revela autoconsciência, “EU SOU O QUE SOU” é o pensamento que fica por
detrás do nome “Jeová”.
Três
cousas estão ali envolvidas: a auto-suficiência de Deus, Sua absoluta soberania
e Sua imutabilidade.
B) “Jeová Jiré”
(O Senhor proverá). Genesis 22.13-14.
Esse
nome revela providência pessoal.
Foi o
nome dado por Abraão ao lugar onde ele sacrificara o carneiro fornecido por
Deus em lugar de seu filho Isaque. O Senhor vê e cuida das necessidades de Seus
servos.
C) “Jeová Nissi”
(O Senhor é nossa Bandeira).
Êxodo
17.15, ver também Josué 5.13,14, Salmos 20.7. Esse nome revela liderança
pessoal.
Foi
dado por Moisés, ao altar que ele erigiu em memória da derrota imposta aos
amalequitas por Israel, sob Josué, em Refidim. Deus é aqui revelado como o
Senhor que nos conduz contra o inimigo e em cujo nome somos mais que
vencedores. A sugestão é que o povo deveria concentrar-se ao redor de Deus,
como o exército se concentra em torno de sua bandeira.
D) “Jeová Ropeca”
(O Senhor que sara) Êxodo 15.26
Esse
nome revela preservação pessoal.
O termo
“ropeca” significa serzir como se serze uma roupa, reparar como se reconstrói
um edifício, curar como se restaura a saúde de uma pessoa enferma. Toda cura,
direta ou indireta, vem da parte de Deus. Ele é nossa saúde salvadora.
E) “Jeová Shalom”
(O Senhor nossa paz) Juízes 6.24
Esse
nome revela Deus como Aquele que concede paz pessoal.
Foi o
nome dado por Gideão ao altar que ele erigiu em Ofra, fazendo assim alusão à
palavra que o Senhor lhe tinha dirigido: “Paz seja contigo!”.
Esse
título também poderia ser traduzido: “O Senhor, que é a paz de seu
povo”.Combinado a fé na providência divina, com a confiança em “Jeová” para
alcançar a vitória em todas as circunstâncias, encontramos o segredo da paz.
F) “Jeová Raa”
(O
Senhor é o meu Pastor). Salmos 23.1; Salmos 95.7.
Esse
nome revela orientação, proteção e bondade pessoais.
Tudo
quanto os pastores eram para seus rebanhos, e mais ainda, Deus está pronto a
ser para os que Lhe pertencem.
G) “Jeová Tisidequenu”
(O Senhor Justiça Nossa). Jeremias 23.6
Esse
nome revela Deus como justiça pessoal imputada, assim satisfazendo nossas
obrigações e necessidades pessoais para com Ele.
Israel
não tinha justiça própria; era uma nação de gente desviada e rebelde, por isso
Deus revelou-se não apenas como Jeová, mas também como Jeová
Tisidequenu
“O Senhor Justiça Nossa”. Essa relação tinha
de existir antes que Jeová pudesse ser conhecido nas demais qualidades,
H) “Jeová Sabaote”
(Senhor dos Exércitos). 1- Samuel 1.3
Esse
nome revela liderança e domínio pessoais.
No uso
hebraico, “exército” podia significar um e exército de homem, ou as estrelas e
os anjos, os quais, em separado ou juntamente, formavam o exército do céu.
Assim é que a nação de Israel foi chamada de exército de Jeová. O significado
geral do termo é bem expresso no termo “Senhor Onipotente”. Na acepção da idéia
de onipotência divina, as forças celestes eram consideradas como unidas numa
confederação, liderada pelo único Deus, o Senhor dos Exércitos.
I) “Jeová Samá”
( O
Senhor está presente) Ezequiel 48.35
Esse
nome revela presença pessoal.
Esse
será o nome dado à Nova Jerusalém restaurada e glorificado, conforme vista na
visão de Ezequiel. Jeová volta ao templo que Ele havia abandonado, e desse
tempo em diante o fator de suprema importância é que Ele está ali, habitando
entre Seu povo.
J) “Jeová Elion”
( Senhor Altíssimo) Salmos 97.9, 7.17, 47.2,
Isaias 6.1
Esse
nome revela preeminência pessoal.
Deus é
referido como o deus dos deuses, e apresentado como Quem se assenta em um
trono, exaltado e elevado. Tais expressões, juntamente com esse nome, são
simples afirmativas da supremacia e da soberania absoluta de Deus. Ele é o Deus
Transcendental.
K) “Jeová Micadiskim”
(O
Senhor que vos santifica). Êxodo 31.13
Esse
nome revela purificação pessoal.
Apresenta
Deus no aspecto subjetivo de Sua obra salvadora e remidora. Ele é o deus que
separa do pecado e para si mesmo aqueles a quem Ele salva.
Os
nomes que são atribuídos a Deus, nas Escrituras, subentendem relações e ações
pessoais, e estas, por sua vez, indicam personalidade.
Antonio
Magnani
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