E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que
me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu
para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo
dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome,
e começou a padecer necessidades.
Lucas
15.11-14
Introdução:
Passagem
esta conhecida como a PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO,
bastante difundida no meio evangélico, com certeza uma lição de vida, de
atitude até mesmo de amadurecimento tanto no âmbito natural como também no sobrenatural se posso
dizer assim. Uma passagem que me despertou um “Querer mais profundo”. E saiu
aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil
côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos.
E mediu
mais mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos
joelhos; e outra vez mediu mil, e me fez passar pelas águas que me davam pelos
lombos.
E mediu
mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram
profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia
passar.
(Ezequiel 47.3-5) e
pude observar que assim como fui despertado em meu coração você também será
despertado em relação a esse moço.
Um
breve relato sobre este acontecimento:
A
leitura que fizemos como falei é bastante difundida no meio evangélico, fala de
um pai que com certeza, bem sucedido que tinha dois filhos um mais velho e o
mais moço, (Lucas 15.11) sabemos que o ser humano ele é por natureza, curioso,
pois tive a oportunidade de ler um artigo da BBC de Londres que dizia:
Conhecer,
explorar, questionar o mundo faz parte do progresso humano. Desde pequenos
somos moldados pela curiosidade instintiva em querer descobrir a origem ou
utilidade das coisas. Ao longo da vida, as descobertas continuam a fazer parte
do comportamento natural das pessoas, seja no aspecto positivo, como o
conhecimento; seja negativamente, para saber da vida das pessoas. Mas por que o
ser humano tende a ser curioso?
A
resposta está ligada à nossa curiosidade juvenil e à característica da espécie
humana batizada como neotenia, termo utilizado pela teoria da evolução e que
traduz a capacidade de retenção das características juvenis. É graças a ela que
muitas pessoas mantêm a mente jovem e inquieta que não se contenta em conhecer
somente o óbvio e busca descobrir novos horizontes.
“Eu não tenho talentos especiais. Sou apenas
apaixonadamente curioso.”
Albert Einstein
Em fim
foi isso que levou o mais moço a pedir ao seu pai a parte de sua herança.
(Lucas 15.12). O moço tinha direito a herança? Sim, depois do falecimento do
pai, pelo que tenho conhecimento e a lei assim confirma esse conhecimento:
A
PUC- PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
CURSO: DIREITO
Disciplina:
Direito Civil: Sucessões. Pude ver nesse estudo que a
UNIDADE I- INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS SUCESSÕES
E DA TRANSMISSÃO DA HERANÇA
Trata o Direito das Sucessões do
instituto da herança deixada pelo de cujus a seus sucessores e ou legatários
chamados a recebê-la nos termos da lei. É, portanto, o direito sucessório o conjunto
de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois de
sua morte, ao herdeiro, em virtude de lei ou testamento.
Não existe herança de pessoa viva
(viventis nulla hereditas). A herança só se efetiva após a morte do autor da herança,
configurando em princípio apenas mera expectativa de direito.
A sucessão é aberta no momento da
morte. “Com a morte do autor da herança o sucessor passa a ter a posição
jurídica do finado, sem que haja qualquer alteração na relação de direito”.
1-
Conceito de Sucessões (art. 1786 CC). É o ato de suceder como herdeiro ou
legatário ao autor da herança. É a transferência de um bem ou patrimônio, em
decorrência da morte.
2-
Conceito de Herança. Conjunto de direitos e obrigações que se transmitem de forma
total ou parcial, da herança, por morte de alguém, a um ou mais herdeiros.
Pois ela assim declara:
1- Abertura da Sucessão (art.1784). “A
morte é o fato jurídico que transforma em direito aquilo que era, para o
herdeiro, mera expectativa; deveras, não há direito adquirido a herança senão
após o óbito do de cujus”.
O pai
para evitar mais constrangimento usou de sabedoria e resolveu abrir mão do seu
direito de pai para dar a parte da herança ao moço. Observamos que a fazenda
foi repartida aos dois filhos.
Em
Lucas 15.13 diz: E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo,
partiu para uma terra longínqua, e
ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
Nesse
texto três coisas me chamam a atenção:
1.
Uma terra longínqua.
2.
Desperdiçou a sua fazenda.
3.
Vivendo dissolutamente.
Uma
terra longínqua - Remota, distante, terra aonde não se conhece
ninguém e quando se percebe que é um viajante e que tem recursos começa a
aparecer amigos de todos os lados, claro amigos entre aspas, se é que você me
entende, apenas pelo interesse.
Desperdiçou
os seus bens - Substantivo masculino
1.
Despesa inútil e censurável.
2.
Esbanjamento; perda.
Como
diz o seu significado esbanjou toda a sua herança em coisas que não satisfaz.
Por que gastais o dinheiro naquilo que não é
pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me
atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
Isaías 55:2
Vivendo
dissolutamente - Que ou quem demonstra um comportamento
considerado imoral. = CORRUPTO, DEVASSO, LIBERTINO.
E
havendo gastado tudo.
E,
havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e
começou a padecer necessidades.
Lucas
15.14
E aqui
onde quero chegar, o moço teve a oportunidade de ser bem sucedido ter a sua
própria fazenda ter um futuro promissor, mas infelizmente a sua curiosidade o
levou a ruína total, ao desespero, a uma tristeza imensurável a um desgosto
profundo em saber que tinha uma condição e agora não tem mais, por quê? E HAVENDO GASTADO TUDO, não se
importando com os acontecimentos que poderia vir de sua irresponsabilidade
padeceu por muitos dias.
Em que
situação você se encontra. Talvez como o mais velho que recebeu a sua parte e
continuou o seu trabalho. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos
negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
Mateus
25.16
Ou
talvez o mais moço que ao receber a sua herança esperou poucos dias arrumou a
sua mala e deu no pé, gastando tudo que tinha. Mas o que recebera um, foi e
cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Mateus
25.18
Conclusão:
Esse
jovem sem nenhum senso de maturidade desprovido de responsabilidade fez um
pedido ao pai, mesmo sendo de pouca idade para receber a sua parte da herança e
mesmo assim repartiu a herança aos filhos. Com certeza o pai sabia que pela
pouca experiência do moço ele retornaria para casa com uma mão na frente e
outra atrás. E HAVENDO GASTADO TUDO,
mais voltaria.
Aqui
esta a palavra chave, o porquê desse texto ter essa denominação, a palavra
filho pródigo tem um grande significado
·
Filho pródigo não é porque ele foi embora de
casa
·
Filho pródigo não é por que ele desobedeceu a
seu pai
·
Filho pródigo não é porque ele pediu sua
herança.
Mas ele
é denominado filho pródigo por que ele é gastador, não tem controle é
esbanjador é por esse motivo que ele recebeu esse titulo
FILHO
PRÓDIGO. que significa:
Pró·di·go
(latim
prodigus, -a, -um)
Adjetivo
1. Que
dissipa a fortuna loucamente ou a compromete com gastos excessivos; perdulário,
dissipador.
2.
Generoso,
liberal.
Substantivo
masculino
3.
Pessoa
pródiga.
4.
[Jurídico, Jurisprudência] Pessoa que, por sua prodigalidade, pode ser
interdita de administrar os seus bens.
Pródigos
Substantivo
masculino plural
5.
[Construção naval] Madeiros verticais ou oblíquos que fortalecem o fundo do
navio.
Filho
pródigo.
6- Diz-se
de um mancebo que volta ao seio da família após longa ausência e vida
desregrada.
Portanto,
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória
de Deus.
1
Coríntios 10.31.
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