Peso da palavra do SENHOR contra Israel, por intermédio de
Malaquias.
Malaquias
1:1
Nas
nossas Bíblias, Malaquias é o último livro do Antigo Testamento. O nome deste
profeta quer dizer “meu mensageiro”, significado que bem descreve sua missão de
comunicar uma das últimas mensagens do Senhor ao seu povo antes da chegada de
Jesus Cristo. Malaquias foi escrito aproximadamente 400 anos a.C., mais ou
menos um século depois da volta dos judeus do cativeiro na Babilônia.
Neste
livro, o profeta trata de alguns dos mesmos problemas enfrentados pelos seus
contemporâneos: Esdras e Neemias. Malaquias combateu a negligência e a
hipocrisia, mesmo dos líderes religiosos. Confrontou o desprezo demonstrado
pelo povo dos princípios divinos para o casamento. Criticou a mesquinharia de
um povo que se preocupava com seu próprio bem-estar material enquanto negligenciava
suas responsabilidades para com Deus.
Malaquias
inclui, porém, uma mensagem esperançosa que olha para a vinda do Messias. Este
profeta, como Isaías havia feito 300 anos antes, falou da vinda de João Batista
para preparar o caminho do Cristo. Ele comparou João a Elias, um profeta do
Antigo Testamento com algumas características parecidas.
Este
pequeno livro trata dos seguintes assuntos:
Capítulo
1
chama atenção do povo judeu por não ter
retribuído ao Senhor a honra e amor que ele merece. Especialmente, Deus condena
as práticas dos sacerdotes que deveriam ter dado para Deus as primícias, mas
ofereciam sacrifícios inferiores.
Capítulo
2
continua a crítica dos líderes religiosos,
mostrando sua negligência em abandonar as obrigações dos descendentes de Levi e
mostrar a santidade diante do Senhor e instruir o povo sobre a grandeza de
Deus. No mesmo capítulo encontramos uma das mais fortes repreensões na Bíblia
da prática do divórcio, comparando a quebra desta aliança à violência. Esta
infidelidade é motivo do Senhor rejeitar a adoração das pessoas que não
cumpriram seus votos matrimoniais.
Capítulo
3
prediz a vinda de um mensageiro para preparar
o caminho do Senhor, uma profecia aplicada a João Batista e seu trabalho como
precursor de Jesus. Neste capítulo, também, ele fala de um problema nas
práticas religiosas da época, criticando os judeus que não davam os dízimos que
a lei do Antigo Testamento exigia.
Capítulo
4
encerra o livro como uma nota final de
esperança para o povo do Senhor. Comenta de novo do mensageiro que ajudaria o
povo a voltar e se converter ao Senhor para evitar a rejeição total.
O livro
de Malaquias é citado com grande freqüência nas pregações dos dias atuais. Os
defensores da teologia da prosperidade frisam alguns versículos, especialmente
a ordem de Deus sobre os dízimos em Malaquias 3.10, para ensinar que as pessoas
que dão o dízimo com fidelidade serão abençoadas materialmente. O aluno
cuidadoso perceberá o erro deste argumento, pois a ordem e a promessa de
Malaquias fazem parte do sistema do Velho Testamento, uma aliança temporária
entre Deus e o povo judeu. Nas passagens do Novo Testamento que falam sobre o
dinheiro das igrejas, encontramos instruções de dar conforme a prosperidade de
cada um, sem estipular uma porcentagem obrigatória (1 Coríntios 16.2; 2
Coríntios 9.7).
Se
vamos aproveitar alguma lição de Malaquias para as igrejas de hoje, ajudaria
refletir sobre o princípio ensinado no primeiro capítulo do livro. Quando Deus
viu a falta de santidade e de dedicação por parte dos adoradores daquela época,
ele falou que seria bom se alguém fechasse as portas do templo para não
permitir a adoração insincera (Malaquias 1.10). Em outras palavras, ele pediu
para parar de brincar de religião. Ou faça o certo, ou feche as portas!
Autor: Dennis Allan
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