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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Murmure e não saia do lugar, louve e seja exaltado.




Respondeu, pois, Jesus, e disse-lhes: Não murmureis entre vós.

João 6:43


Murmuração é pecado! É uma forma corrupta de conversação que causa muitos problemas na
vida das pessoas. Também abre muitas portas para o inimigo.
Lembre-se: nós declaramos que as palavras têm poder. Palavras de reclamação e murmuração
carregam um poder destrutivo. Elas destroem a alegria daquele que murmura e também pode
afetar as pessoas que as ouvem.
Em Efésios 4.29, o apóstolo Paulo nos instruiu a não usar nenhuma palavra torpe. Antes, eu não
sabia que isso incluía murmuração, mas agora aprendi que sim.
Murmuração e reclamação poluem nossa vida e provavelmente soa como maldição para o
Senhor. Para ele isso é poluição verbal.
Poluir é envenenar.
Já parou para pensar que você e eu podemos envenenar nosso futuro ao murmurar sobre o que
está acontecendo agora? Quando reclamamos sobre nossa situação, permanecemos nela; quando
louvamos a Deus no meio da dificuldade, ele nos liberta delas.
A melhor maneira de começar o dia é com gratidão e ações de graça. Dê uma rasteira no diabo.
Se você não encher os seus pensamentos e conversas com coisas boas, ele definitivamente os
encherá com coisas ruins.
Pessoas verdadeiramente agradecidas não murmuram. Estão tão ocupadas sendo gratas pelas
coisas boas que fazem que não têm tempo de notar as coisas sobre as quais poderiam murmurar.
O mundo está cheio de duas forças: a boa e a má. A Bíblia nos ensina que o bem vence o mal
(Rm 12.21) e que devemos escolher o bem. Se estivermos numa situação negativa (má),
poderemos vencê-la com o bem.
O louvor e as ações de graças são forças boas; a murmuração e a reclamação são forças más.
A Língua Pode Trazer Saúde ou Doença
O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos.
Pv 14.30
Além de envenenar o futuro, a murmuração e a queixa também podem envenenar o presente.
Uma pessoa que murmura e se queixa pode ficar muito doente. Palavras podem afetar o corpo
físico. Elas podem trazer cura ou podem abrir a porta para doença.
Doença traz doença!
De acordo com Provérbios 15.4, a língua tem o poder de curar:
A língua serena [com seu poder de cura] é árvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito.
Pense nisto: uma pessoa que tem uma mente calma e tranqüila tem saúde para o corpo; mas,
como vimos em Provérbios 14.30, a "língua perversa" cheia de inveja, ciúme e ira pode, na
verdade, destruir o corpo físico. Ira é raiva e a maioria das pessoas que murmura está com raiva
de alguma coisa. Por isso, podemos afirmar que as pessoas que se queixam, murmuram e
reclamam não têm a mente calma e tranqüila.
O louvor e ações de graça liberam energia e cura física. Houve muitos momentos em minha
vida em que me senti mal ou fisicamente doente, mas, ao louvar a Deus na Igreja ou em casa,
experimentei uma libertação de todos os sintomas negativos. A mesma coisa provavelmente já
aconteceu com você.
Creio que uma pessoa deveria se sentir ótima pela manhã, depois de uma boa noite de sono.
Mas notei que, em momentos de desgaste físico, sinto-me pior pela manhã. Disciplinar-me a
passar um tempo de qualidade com o Senhor de manhã, incluindo tempo de louvor e ações de
graças, tem sido maravilhoso para mim, fisicamente.
Murmuração e Reclamação Abrem a Porta para a Destruição
Não ponhamos o Senhor à prova [testar sua paciência, tornar-se uma prova para ele, fazer
uma avaliação crítica dele e explorar sua bondade] como alguns deles já fizeram e pereceram
pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram
destruídos pelo exterminador (morte). Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos [e avisos
para nós] e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins
(consumação e conclusão) dos séculos têm chegado.
1 Co 10.9-11
Quando murmuramos, Deus leva isso para o lado pessoal. Ele considera que estamos abusando
da sua bondade. Deus é bom e quer nos ouvir falando da sua bondade. Quando murmuramos,
nos queixamos ou reclamamos, estamos fazendo uma crítica ao Deus que servimos.
Ao murmurar, os israelitas abusaram da bondade de Deus, por isso foram destruídos. Isso está
registrado no Antigo Testamento e confirmado no Novo Testamento, para que nos sirva de
lição, a Bíblia diz. Em outras palavras, para que possamos ver o erro que cometeram e não
voltemos a repeti-lo. Eles murmuraram e enfrentaram a morte e a destruição. Deveríamos ser
mais cautelosos com esses exemplos para não segui-los.
Louvor e Ação de Graças Abrem a Porta para a Vida
O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias.
Pv 21.23
O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína.
Pv 13.3
Esses versículos comprovam que a pessoa que guarda a boca protege a alma, mas quem não
guarda a boca pode trazer destruição à sua vida.
Quando os israelitas foram para o deserto, um dos problemas com que Deus teve de lidar
repetidamente foi a murmuração. Era uma viagem de onze dias do Egito à Terra Prometida
(Dt 1.2), mas depois de quarenta anos eles ainda vagavam no deserto da morte e da destruição.
Jesus, no entanto, entrou no deserto de sua aflição com uma atitude louvável. Ele continuou a
louvar a Deus, independentemente da circunstância, recusando-se a murmurar, e como resultado
Deus o ressuscitou da morte para a nova vida.
Isso deveria ser uma lição para nós. Deveríamos nos guardar da tentação de murmurar e nos
queixar e, propositadamente, escolher oferecer sacrifício de louvor e ações de graças.
(Hb 13.15.)
Podemos escolher murmurar e não sair do lugar ou louvar e ser exaltados.
O Poder da Ação de Graças
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas petições, pela oração e pela súplica (pedidos específicos), com ações de graças.
Fp 4.6
A Palavra de Deus tem muito a dizer sobre ações de graças e pessoalmente creio que isto é o
antídoto para o veneno da murmuração. Provavelmente deveria enfatizar que eu creio que a
murmuração é o problema principal entre os crentes. Isto tem se tornado tão sério que às vezes
pedimos a Deus alguma coisa e quando ele responde nossas orações nos queixamos de ter que
cuidar da coisa que pedimos a ele. Devemos tratar da tentação de murmurar como uma praga,
porque ela tem efeito semelhante em nossa vida. A murmuração enfraquece enquanto as ações
de graças liberam poder - poder para trazer respostas às nossas orações.
Em Filipenses 4.6, o apóstolo Paulo diz que as ações de graças põem nossas petições em linha
com a aprovação de Deus.
Lembro-me de que uma vez pedi a Deus alguma coisa e ele disse: "Por que eu deveria lhe dar
mais? Você já se queixa do que tem".
Ser grato é prova de maturidade. Demonstra que estamos maduros espiritualmente para lidar
com qualquer tipo de promoção ou aumento.
Ser grato também pode ser um sacrifício. Se não somos gratos ou se nossas circunstâncias não
ditam isso, as ações de graças podem se tornar uma oferta sacrificial feita pela fé, em
obediência, porque amamos ao Senhor e queremos honrar sua Palavra.
Ações de Graças como Sacrifício
Oferece à Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo.
Sl 50.14
Rendam graças [e confessem] ao SENHOR por sua bondade e por suas maravilhas para com
os filhos dos homens! Ofereçam sacrifícios de ações de graças e
proclamem com júbilo as suas obras!
Sl 107.21-22
Oferecer-te-ei sacrifícios de ações de graças e invocarei o nome do SENHOR.
Sl 116.17
Observe que no Salmo 116.17 o salmista disse que invocaria o nome do Senhor, mas somente
depois que tivesse oferecido sacrifícios de ações de graças.
Sei que muitas vezes clamei pelo poder do nome de Jesus em alguma situação extrema,
enquanto a minha própria vida estava cheia de murmuração.
Não há poder positivo na murmuração. Ela está cheia de poder, mas é um poder negativo (mau).
Para que o poder de Deus seja liberado, devemos parar de murmurar.
Louve e Agradeça o Tempo Todo
Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de
lábios que confessam o seu nome.
Hb 13.15
Não devíamos louvar e oferecer ações de graças apenas quando há razão para fazê-lo. E fácil
agradecer e louvar quando temos uma razão para isso, mas isso não é sacrifício.
Deveríamos, espontaneamente, oferecer louvor e ações de graças o tempo todo, deveríamos
agradecer a Deus por todas as suas bênçãos e pelo favor que ele tem nos concedido. Se
fizéssemos uma lista de bênçãos, perceberíamos claramente como é bom ser tão abençoados.
Muitas vezes não damos valor a tudo o que temos porque temos em abundância, enquanto
pessoas de outros países se considerariam ricos se as tivessem.
Água limpa e fresca é um exemplo. Na Índia e em muitas outras partes do mundo, a água é um
produto que não é fácil de se encontrar. Algumas pessoas têm de andar quilômetros para
conseguir o suficiente para apenas um dia, ao passo que nós temos água suficiente para tomar
banho, cozinhar, lavar a louça, nadar, etc. Podemos tê-la quente ou fria, da forma que
quisermos, tanto quanto desejarmos. Há momentos em que enquanto tomo uma ducha quente,
principalmente quando me sinto cansada, paro para agradecer a Deus pela água quente.
Há muitas coisas pelas quais agradecer se decidirmos ser uma pessoa que oferece ações de
graças continuamente. A carne procura razões pelas quais reclamar, mas o espírito busca razões
para glorificar a Deus.
Em Filipenses 2.14, o apóstolo Paulo nos alerta:
Fazei tudo sem murmurações [contra Deus] nem contendas [entre vós].
Em 1 Tessalonicenses 5.18, ele nos exorta, Em tudo, [não importa quais circunstâncias] dai
graças, [a Deus] porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus [o Revelador e Mediador]
para convosco [que estais em Cristo Jesus].
Finalmente, em Efésios 5.20, ele escreve que deveríamos dar sempre graças por tudo a nosso
Deus e Pai, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo.
Por esses versículos, vemos que não só devemos evitar nos queixar, praguejar, acharmos falhas
nas pessoas, murmurar, questionar e duvidar, como também dar graças "o tempo todo," "em
qualquer circunstância," "por tudo." Isso não significa que temos de agradecer a Deus por todas
as coisas negativas que nos acontecem, mas agradecer-lhe nelas.
O Senhor é grandemente honrado quando nos recusamos a murmurar numa situação na qual
naturalmente o faríamos.
Ande uma milha a mais e recuse-se a murmurar; pelo contrário, escolha ser grato no meio de
suas circunstâncias.
Lembre-se: você terá de agir assim "de propósito", mas nem sempre você vai querer fazer isso.
Mas pode liberar poder em sua vida se o fizer.
A vida de louvor é vida de poder!
Não Entristeçais o Espírito Santo
E não entristeçais o Espírito de Deus [não o ofendais] no qual fostes selados (marcados,
carimbados como propriedade de Deus, firmados) para o dia da redenção (libertação final do
mal e conseqüências do pecado, através de Cristo).
Ef 4.30
Eu ouvi esse versículo durante muito tempo até entender que entristecer o Espírito Santo está
ligado à língua. Para entender corretamente esse versículo, devemos lê-lo no contexto, com
alguns dos versículos anteriores e seguintes:
Não saia [jamais] da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça (favor de Deus) aos que ouvem.
E não entristeçais o Espírito de Deus [não o ofendais] no qual fostes selados (marcados,
carimbados como de propriedade de Deus, firmados) para o dia da redenção (libertação final
do mal e conseqüências do pecado, através de Cristo). Longe de vós, toda amargura, e cólera
(paixão, ódio, temperamento difícil), e ira (raiva, animosidade) e gritaria (briga, contenda,
polêmica), e bem assim toda malícia (rancor, má vontade e torpeza de qualquer tipo).
Ef 4.29-31
Parece-me que entristecemos o Espírito Santo quando maltratamos os outros ou lhes falamos de
maneira áspera.
Ele também se entristece quando falamos mal, o que inclui todo tipo de conversa negativa,
reclamação ou murmuração.
Ainda nessa passagem podemos observar que somos "selados no Espírito Santo". Às vezes eu
visualizo esse conceito como um saco zip-lock. Nada pode nos atingir enquanto tivermos a
marca do selo.
Se colocarmos um pedaço de pão num zip-lock, ele se conservará fresco, desde que não
deixemos que o ar penetre nele, mas, se formos descuidados e permitirmos que o selo seja
quebrado, o pão ficará velho e duro em poucas horas.
Penso que a mesma coisa acontece conosco. Quando respeitamos o Espírito Santo e não o
aborrecemos, o ofendemos ou o entristecemos, estaremos protegendo nosso selo.
Um Espírito Murmurador, Crítico e Repreensível
Nem conversação torpe (obscena, indecente), nem palavras vãs (tolas e corruptas) ou
chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças [a Deus].
Ef 5.4
O que Paulo está dizendo aqui é: "Ao invés de irar-se, ofender e entristecer o Espírito Santo,
mostre sua gratidão a Deus.
O espírito murmurador, crítico e repreensível deve ser completamente banido da Igreja.
Você já murmurou hoje?
Você tem que ser honesto... porque Deus sabe!
Nós nunca mudamos ou crescemos sem antes enfrentar a verdade e admitir que falhamos.
Você pode pensar: "Bem, sim, eu tenho murmurado, mas tenho uma boa razão. Se fosse tratado
da maneira como sou tratado, se levasse a vida que levo, você murmuraria também".
Descobri, muito tempo atrás, que desculpas de qualquer tipo só me mantêm onde estou; elas me
impedem de seguir em frente.
Em João 8.31,32 Jesus disse:
Se vós permanecerdes na minha palavra... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
(Paráfrase da autora.).
A verdade nos libertará quando for aplicada em nossa vida.
O Espírito Santo está no ramo da convicção. Ele é o agente de santificação. Ele desenvolve o
processo de santidade em nós. Jesus planta a semente em nós, sua própria semente, e, então, o
Espírito Santo nos ensina a Palavra aguando a semente. Ele também nos vê como um jardim de
Deus que está sendo cultivado, e, amorosamente, nos mantém capinados. Desculpas são como
ervas daninhas: se permitirmos que cresçam, sufocarão os frutos.
Eu era murmuradora, crítica e repreensível.
Na verdade, eu tinha um grande problema nessa área. Podemos ser libertos. Qualquer um pode
ser. Havia circunstâncias genuinamente negativas em minha vida. Com um histórico imenso de
abuso, sentia-me no direito de reclamar, mas a atitude de reclamar não me permitiu sair do
lugar.
Parece-me que os que vivem em crise o tempo todo também têm vícios de murmuração e são
repreensíveis. Esses dois traços negativos sempre estão juntos.
O problema inaugura um ciclo. Primeiro, alguém encontra alguma circunstância amarga, então
murmura, o que o faz permanecer na circunstância. Aí, Satanás acrescenta mais miséria, o que
leva a mais murmuração. Agora, a pessoa tem duas razões pelas quais murmurar.
Enquanto o ciclo continua, logo estará perdido num mar de problemas e murmurações. E
transforma-se em um estilo de vida. Ele se sente carente e oprimido. Freqüentemente também se
sente só.
Pessoas com um espírito crítico têm dificuldades em manter amizades. Estão acorrentados aos
seus problemas e, depois de um período de tempo, os que estão ao seu redor se cansam de ouvir
seus "ais" e começam a evitá-las - a menos que, é claro, murmuradores e ouvintes sejam iguais,
e aí temos um caso de masoquismo.
A murmuração é como assobiar para o diabo.
Tive um cachorro chamado Buddy. Quando estava do lado de fora e queria que entrasse, eu
assobiava, chamando: "Aqui, Buddy, aqui, Buddy". Pouco depois, ele entrava correndo.
A mesma coisa acontece quando murmuramos: estamos chamando o diabo, que vem
imediatamente para nos causar mais sofrimento.
Se você e eu decidirmos não mais murmurar, posso afirmar de antemão que isso será um grande
desafio. Muitas vezes não percebemos o quanto murmuramos até que alguém ou alguma coisa
(como este livro) chame nossa atenção.
Com que facilidade nos impacientamos e começamos a murmurar quando ficamos presos no
trânsito ou enquanto esperamos na fila do supermercado ou do shopping! Com que rapidez
apontamos as falhas de nossos amigos ou membros da família! Murmuramos sobre nosso
trabalho, quando devíamos ser gratos a Deus por ter um. Reclamamos sobre os preços altos,
quando devíamos agradecer a Deus por poder sair e fazer compras.
Poderia continuar enumerando os fatos, mas creio que cada um de nós reconhece as áreas nas
quais tem problema com murmuração.
Tive de encarar a dura verdade de que um espírito crítico quase sempre está enraizado no
orgulho. A indignação explode numa pessoa orgulhosa quando ela está transtornada. A
indignação é uma atitude que diz: "Eu não merecia estar nesta situação. Eu merecia ser tratado
melhor por Deus e pelos outros". Pensamos: "Milhares podem estar na mesma situação, mas
isso não devia acontecer comigo"!
Não conseguiremos parar de murmurar sobre o que não temos se não nos humilharmos e
percebermos como somos abençoados em tudo o que temos. Devemos aprender a apreciar o que
as pessoas fazem por nós e parar de reclamar sobre o que não fazem.
Meu marido, por exemplo, não é do tipo que compra flores em dias especiais, mas ele é muito
flexível e extremamente fácil de lidar. Houve muitas ocasiões, como aniversários,
comemorações e dia dos namorados, em que eu esperava mais dele. Ele sempre dizia: "Se você
quiser alguma coisa, eu a levarei para sair e comprarei tudo o que pudermos pagar". Claro que,
como toda mulher, eu gostaria que ele comprasse alguma coisa no shopping e me fizesse uma
surpresa. Eu me queixei ao Senhor sobre isso fervilhando por dentro - com raiva, ofendida e
ferida - e sentindo pena de mim mesma. Era tudo o que não deveria sentir, pois os meus
sentimentos não ajudaram a mudar meu marido nem em um milímetro sequer.
Dave é maravilhoso, bom e generoso. Ele me deixa fazer quase tudo que quero e me compra
qualquer coisa que desejo, se houver dinheiro para isso. Ele é bonito, cuida-se fisicamente, diz
que me ama quase todos os dias e é muito amoroso.
Posso olhar para o que ele não é e ficar triste, ou posso olhar para o que ele é e ser grata!
Quem disse que sou perfeita? Todos nós somos iguais. Temos pontos fortes e pontos fracos, e
para termos um bom relacionamento devemos realçar os atributos positivos e diminuir os
negativos.
Uma Geração Ingrata
Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão (estabelecerão) tempos difíceis [de lidar e
suportar], pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores
(zombadores), desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
2 Tm 3.1-2
Como Paulo previu muito tempo atrás, vivemos numa geração ingrata e corrupta. Parece que
quanto mais as pessoas têm, menos valorizam o que têm.
Estamos no mundo como crentes, mas devemos nos esforçar para não nos parecermos com o
mundo. Quanto mais murmuram ao nosso redor, mais devemos expressar nossa gratidão a Deus.
Luzeiros no Mundo
Fazei tudo sem murmurações nem contendas [contra Deus e entre vós],
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma
geração pervertida [espiritualmente perversa] e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros
(estrelas ou faróis brilhando intensamente) no mundo [tenebroso].
Fp 2.14-15
Essa passagem enfatiza o que estou compartilhando. Deveríamos evitar murmurar porque este é
o espírito do mundo hoje. Deveríamos mostrar ao mundo como Deus é. Deveríamos imitar a
Jesus e seguir seu exemplo sendo luzeiros no mundo.
Uma nova geração tem se levantado, e a muitos não foi ensinado nenhum princípio divino. Não
lhes foi ensinado nada sobre Deus na escola nem foram ensinadas a orar em casa. Elas têm visto
alguns exemplos tristes de líderes espirituais que caíram publicamente e sem ter um fundamento
sólido, por isso é fácil para elas concluir que "religião" não vale nada.
Nós somos cartas lidas por todos os homens. (2 Co 3.2.)
Não precisamos mostrar a religião do mundo, que é hipócrita, falando o que fazer quando nós
mesmos não o fazemos.
Precisamos mostrar-lhes Jesus mediante um estilo de vida que exalte seus princípios. Esses
versículos em Filipenses devem ser levados bem a sério no que se refere ao mandamento de não
sermos murmuradores, queixosos ou repreensíveis. Somos ordenados a ser diferentes do mundo,
para que possamos mostrar ao mundo uma maneira diferente de viver.
Um Desafio Diário
Estejam sempre cheios de alegria no Senhor; e digo outra vez: regozijem-se!
Que todo mundo veja que vocês são generosos e amáveis em tudo quanto fazem. Lembrem-se de
que o Senhor virá em breve.
Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as
necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe suas respostas.
Fp 4.4-6, BV
Você e eu precisamos fazer um desafio diário de não murmurar ou culpar. Não significa que não
devemos corrigir situações equivocadas ou viver com a cabeça nas nuvens e fingir que nada
negativo existe. Isso significa simplesmente que ser tão positivo quanto possível é o alvo da
nossa vida.
Não murmure quando a murmuração não produz nenhum bem.
O problema começa no coração e sai pela boca. Primeiro, uma atitude de ajuste é necessária e,
então, o fruto dos lábios mudará.
Vá para a cama à noite e medite sobre tudo pelo qual você tem que ser grato. Deixe que essa
seja a primeira coisa que você vai fazer de manhã. Agradeça a Deus pelas "pequenas" coisas:
pela vaga para estacionar que ele faz você encontrar, por levantar na hora certa para o trabalho,
por poder andar, por ouvir ou ver seus filhos.
Desenvolva uma "atitude de gratidão". Faça disso um desafio "um dia de cada vez". Não se
sinta desencorajado quando falhar, mas não jogue a toalha nem desista. Continue até que você
desenvolva novos hábitos.
Gostamos de orar sobre as nossas necessidades e levar nossas petições diante de Deus, mas
quantos de nós se lembra de agradecer a Deus quando a resposta chega? Gostamos de dar aos
filhos o que eles nos pedem, mas nos sentimos ofendidos se apenas "agarram as coisas" e
correm, sem ao menos agradecer. Quando são gratos e se lembram de dizer "obrigado" e se
disserem isso mais de uma vez, com certeza, ficaremos motivados a querer fazer mais por eles.
Deus é assim conosco.
Seja generoso em sua gratidão, e seu relacionamento com o Senhor será mais agradável.
Reclamar Antecipadamente
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!
SI 133.1
David, nosso filho mais velho, e sua esposa, certa vez, venderam um trailer e compraram uma
casa. O único problema era que só tinham um mês para sair do trailer em que moravam e
mudar-se para a nova casa.
Como ficaram sem lugar para morar temporariamente, nós os convidamos para morar conosco.
O interessante foi que David e eu tivemos problemas de relacionamento durante a estada dele
em nossa casa. Nossas personalidades são muito parecidas. Temos opiniões próprias, o que nem
sempre é uma boa combinação.
Depois que tudo passou, nosso relacionamento voltou ao normal. Ele trabalha para nós, e isso
funciona bem, mas morar sob o mesmo teto é outra história. Nada de negativo aconteceu, mas
minha mente continuava pensando "E se..."
Enquanto Dave e eu descíamos a rua de carro, a minha língua coçava para falar coisas negativas
que poderiam acontecer: "E se não houver água quente suficiente para o meu banho de manhã
depois que todo mundo tiver tomado banho? E se eles deixarem a bagunça para eu arrumar"?
Nada de ruim tinha acontecido ainda. David e sua esposa nem tinham se mudado, mas a minha
língua já estava pronta para declarar o desastre antecipadamente.
Satanás queria que eu profetizasse meu futuro. Queria que eu criticasse a situação com
antecedência.
Se o diabo pode conseguir que nos tornemos negativos, ele pode nos prover de circunstâncias
negativas - se semearmos sementes negativas.
Meu liquidificador funciona independentemente do que é colocado nele. Se bater sorvete e leite,
terei um milk-shake; se misturar água e terra, terei lama. O liquidificador funciona. Ele é criado
para funcionar. Depende do que eu colocar nele. O que ponho é o que terei.
O mesmo acontece com nossa mente, com o nosso coração e com a nossa língua. O que entra é
o que vai sair - para o bem ou para o mal.
David e Shelly moraram conosco durante um mês, e tudo correu bem. Eu conhecia bem esses
princípios para resistir à tentação de murmurar antecipadamente e insisto que você tenha
cuidado com essa tentação também. Quando era tentada a falar palavras negativas, eu escolhia
dizer: "David e Shelly morando conosco vai funcionar bem, não será nenhum problema. Tenho
certeza de que todos vão cooperar e ser sensíveis às necessidades dos outros".
David e eu fizemos piada sobre o fato de termos ficado trinta dias sob o mesmo teto. Nós dois
gostamos de estar certos, então ele disse: "Vou lhe dizer uma coisa, mãe: Vamos revezar quem
está certo. Durante os trinta dias que estivermos juntos, você pode estar certa por quinze dias e
eu estarei certo por quinze dias". Rimos e nos divertimos.
Plantando Sementes para uma Futura Colheita
Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já
tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância...
Fp 4.12
Como vemos em sua carta aos Filipenses, Paulo não murmurou diante das dificuldades pelas
quais todos nós passamos, principalmente no início.
No nosso caso, Deus abençoou nosso ministério e nos favoreceu muito. Hoje, temos a chance de
ministrar reuniões e seminários em ótimas igrejas e centros de convenções em todo o país. Mas
não foi assim no começo. Como no caso da maioria das pessoas, começamos por baixo.
Aprendemos a não menosprezar nem murmurar sobre aqueles dias. (Zc 4.10.)
Um dos primeiros salões de hotel que alugamos para um seminário era feio e velho. Estávamos
indo de St. Louis, Missouri, para uma reunião em outro Estado e tínhamos alugado o espaço por
telefone, sem tê-lo visto antes. Claro que o pessoal do hotel falou que o lugar era bonito e que o
serviço era bom.
Quando chegamos, o vento estava soprando forte, e a primeira coisa que notamos foi que várias
ripas do telhado estavam caídas no estacionamento.
As cadeiras do salão estavam numa condição muito precária. A espuma saía pelos furos do
estofamento. Em outras havia restos de comida e muitas manchas. O ar-condicionado estava
desregulado, e toda hora a temperatura precisava ser ajustada no local (porque estava ou quente
demais ou frio demais): um empregado da manutenção tinha de entrar no salão de conferência
durante o evento e subir uma escada. Ele subia até o telhado e ajustava alguma coisa porque os
controles do ar-condicionado não estavam funcionando.
Analisando a situação, sabíamos que não havia nada a ser feito porque a primeira reunião tinha
começado por volta de cinco horas; então, todos começamos a murmurar, o que é "natural" em
circunstância como essa.
Imediatamente, o Espírito Santo começou a ministrar ao meu coração dizendo que, se
passássemos por essa situação sem reclamar, estaríamos construindo uma base firme para o
futuro. Ele me mostrou que poderíamos até ir aos melhores lugares, mas nunca seríamos
"promovidos" a coisas melhores se não semeássemos agora as sementes para o futuro.
A murmuração teria produzido sementes, mas sementes que nos deixariam em situação pior do
que aquela em que estávamos. Semear sementes de gratidão em -e não por-, enfrentar a situação
na qual estávamos produziria uma colheita abundante depois.
Reuni a equipe (que naquele tempo era de, no máximo, meia dúzia de pessoas) e disse-lhe o que
o Espírito Santo tinha me mostrado. Concordamos em não murmurar sobre coisa alguma no
hotel.
Propositadamente, procuramos coisas das quais pudéssemos dizer alguma coisa boa.
O resultado foi que tivemos uma reunião de sucesso e aprendemos uma lição vital que renderia
muitos dividendos no futuro.
Uma Antecipação das Coisas Boas Que Virão
E assim, depois de esperar [Abraão] com paciência, obteve [no nascimento de Isaque como
uma promessa do que estava para vir] Abraão a promessa.
Hb 6.15
Nesse versículo o escritor do livro de Hebreus declara que Isaque era uma promessa do que
estava por vir.
Deus não prometeu a Abraão apenas um filho, prometeu que ele seria o pai de muitas nações.
Muitas pessoas hoje têm uma "promessa" ou antecipação das coisas boas que Deus tem para
elas.
Em 1 Reis 18, depois de um longo período de seca que Elias tinha profetizado, Deus lhe disse
que falasse ao rei Acabe que iria chover. Elias falou a Palavra de Deus pela fé sem nenhuma
evidência de chuva.
Então, subiu ao topo de uma montanha e começou a orar. Enquanto orava, ele enviou seu servo
ao ponto mais alto para olhar o céu. Seis vezes o servo foi e voltou com a resposta de um céu
limpo e sem nuvens. Finalmente, na sétima vez, ele voltou e relatou: “Vejo uma nuvem do
tamanho da mão de um homem". Diante da imensidão do céu, isso não é muito, mas foi o
suficiente para motivar Elias a dar o próximo passo de fé. Ele disse a Acabe:... aparelha o teu
carro e desce, para que a chuva não te detenha (v. 44).
Esta nuvem, embora muito pequena, foi o início de uma grande chuva (v. 45). Era uma
promessa ou antecipação de coisas boas que viriam.
Só uma Semente
Pois quem [com razão] despreza o dia dos humildes começos...
Zc 4.10
Provavelmente a maioria de nós que está esperando em Deus por alguma coisa pode ver a
evidência de um pequeno começo: uma sementinha, uma nuvem do tamanho da mão de um
homem.
Alegre-se com a semente; ela é um sinal de coisas grandes que virão. Não amaldiçoe sua
semente murmurando.
Deus nos dá semente, alguma coisa que produza em nós esperança, uma pequena coisa, talvez,
mas alguma coisa é melhor que nada. Devíamos dizer: "Senhor isto é somente uma coisinha,
mas obrigado por me dar alguma esperança, alguma coisa à qual me apegar. Obrigado, Senhor,
por um começo".
Pegue essa semente e plante-a, crendo.
O Espírito Santo me mostrou que eu estava jogando fora muitas de minhas sementes.
Quando desprezamos alguma coisa, damos pouca consideração a ela. Não a notamos e a
consideramos como nada. Não cuidamos dela. Se não cuidarmos do que Deus nos dá, nós o
perderemos.
Se perdermos a semente, nunca veremos a colheita.
Hebreus 13.5 diz, na essência: "Contente-se com o que você tem".
Vamos ser como Paulo: vamos aprender a viver tanto na escassez como na abundância - e estar
contentes em qualquer circunstância, sabendo que cada pedaço é uma parte do quadro inteiro.
A Bíblia diz: Eu [Deus] nunca te deixarei.
E por isso que podemos ficar contentes - pela fé - durante o pequeno começo.
Sabemos que o Senhor é o Autor e o Consumador. (Hb 12.2.) O que Deus começa ele termina.
(Fp 1.6.) Ele fará isso por nós - se mantivermos nossa fé firme até o final. (Hb 3.6.)

Joyce Meyer
Eu e minha boca grande.

Capitulo 6

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