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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Uma mulher pode ser pastora?





Existe mulher pastora? O que a Bíblia diz sobre o chamado ministério pastoral feminino

Nesses últimos dias, há um tipo de exegese (ou melhor, eisegese) pela qual se procura a todo custo encontrar apoio bíblico para o que já está em vigor. É como se pudéssemos oficializar, biblicamente, o usual, o que, na prática, já existe. Por exemplo: há danças em várias igrejas; então, encontremos referências bíblicas que as autorizem. Já existem “pastoras” em várias denominações; achemos também passagens em apoio ao “ministério feminino”.
Ora, quem tem a Bíblia como a sua fonte primária de autoridade, como a sua regra de fé, de prática e de vida, não deve viver à mercê da falaciosa exegese (exegese?) mencionada. Por isso, resolvi escrever este artigo, não para agradar ou desagradar alguém. Como disse Monteiro Lobato, “Há dois modos de escrever. Um, é escrever com a idéia de não desagradar ou chocar alguém (…) Outro modo é dizer desassombrada mente o que pensa, dê onde der, haja o que houver: cadeia, forca, exílio” (Carta a João Palma Neto, São Paulo, 24/1/1948).
Estariam os homens impedindo as mulheres de exercer o ministério pastoral? Essa questão tem gerado polêmica e dividido opiniões. Mas eu quero mostrar, de maneira isenta — apesar de eu ser homem —, o que a Bíblia diz. Peço às irmãs que acreditem em mim, pois não tenho intenção alguma de agradá-las ou irritá-las. Este artigo é uma exegese bíblica, imparcial, de quem deseja andar segundo a vontade de Deus, e não conforme o que homens e mulheres convencionam.
Antes de discorrer sobre o “ministério pastoral feminino”, e para ser imparcial, devo mostrar o que as Escrituras dizem sobre o relacionamento entre homem e mulher.
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A SUBMISSÃO
Muitos homens devem reconsiderar a sua opinião acerca das mulheres, que, ao longo dos séculos, vêm sendo discriminadas, principalmente no meio religioso. Vejo que a atitude inconveniente de alguns homens tem como resposta uma postura hostil por parte das mulheres, gerando a chamada “guerra dos sexos”. Por que muitas mulheres cristãs estremecem ante o ensinamento bíblico da submissão? Porque muitos maridos são autoritários e se consideram superiores a elas, não respeitando a sua sensibilidade.
No cristianismo genuíno, não há espaço para machismo e feminismo, movimentos extremados que não reconhecem a verdadeira posição do homem e da mulher na sociedade. O primeiro considera a mulher inferior, enquanto o outro trata o homem como um demônio. No Corpo de Cristo, há lugar para ambos os sexos, desde que reconheçam, à luz das Escrituras, a sua posição.
Paulo compara a submissão da mulher à sujeição de Jesus a Deus Pai (1 Co 11.3). Tanto o Deus Filho quanto o Deus Pai pertencem à Trindade, sendo iguais em poder (Mt 28.19; Jo 10.30). Todavia, Cristo, por amor ao Pai, submete-se voluntariamente, recebendo dEle toda a honra (Fp 2.5-11). Além disso, Paulo ensina: “… assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.24). E Cristo não obriga ninguém a obedecê-lo (Lc 9.23; Tg 4.8).
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE AS DIFERENÇAS
Segundo a Bíblia, a relação entre homem e mulher deve ser, antes de tudo, de respeito mútuo (1 Co 7.3-5). Deus formou Eva a partir de uma das costelas de Adão (Gn 2.18-22) para demonstrar que a mulher não deve estar nem à frente nem atrás, mas ao lado do homem, como ajudadora. E ser ajudadora não é ser inferior, pois o próprio Deus é o nosso Ajudador (Hb 13.5,6).
Na Palavra de Deus não há espaço para o falacioso igualitarismo feminista, porém a Bíblia também não diz que a mulher é inferior ao homem. Ela é o “vaso mais fraco” (1 Pe 3.7). Quer dizer, mais frágil, mais sensível e, por isso, deve ser amada e honrada pelo marido (Ef 5.25-29). O princípio que deve prevalecer é o da prioridade, e não o da superioridade (1 Tm 2.13).
Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Por que, então, alguns homens se consideram superiores? Deus fez a mulher diferente do homem para que ambos se completem, no lar, na sociedade e no serviço do Senhor. Nesse caso, existem tarefas que o homem desempenha melhor, enquanto há atividades em que o talento feminino se sobressai. E isso também deve acontecer nas igrejas.
O QUE A BÍBLIA DIZ (OU NÃO DIZ) SOBRE A ORDENAÇÃO
Há ou não respaldo bíblico para a ordenação de mulheres? Reitero que nada tenho contra as mulheres, mas peço às minhas amadas leitoras que não fiquem bravas comigo. Afinal, como eu já disse, a minha fonte primacial é a Bíblia. Se fosse o meu raciocínio a minha fonte máxima de autoridade, com certeza afirmaria, sem medo de errar, que as mulheres têm todo o direito de reivindicarem a ordenação pastoral. Mas, quem sou eu ante a infalível e inerrante Palavra de Deus?
1) Na Bíblia, a única pastora mencionada é Raquel, uma pastora de ovelhas (Gn 29.9). E o termo “bispa”, em voga na atualidade, sequer existe. Foi uma certa “episcopisa” que, ao lado de seu marido “apóstolo”, o popularizou.
2) Muitos têm dito que as mulheres sequer eram citadas nas genealogias, pois entre os judeus elas eram desprezadas. Isso em parte é verdadeiro. Contudo, esse argumento não é válido para o que está escrito na Lei, pois foi Deus quem entregou todos os preceitos da Lei a Moisés. Seria Deus machista?
3) Os defensores da ordenação feminina citam como exemplo a valorosa cooperadora de Paulo e esposa de Áqüila, Priscila (At 18.26). Mas tudo não passa de conjectura, haja vista não haver nenhuma referência que confirme o seu apostolado.
4) Também citam Júnias, que — pelo que tudo indica — era um cooperador de Paulo (Rm 16.7). Mesmo que fosse mulher, o texto não afirma, categoricamente, que se tratava de alguém que exercesse o ministério pastoral ou apostólico.
5) Na igreja primitiva, as mulheres se ocupavam da oração (At 1.14) e do serviço assistencial (At 9.36-42; Rm 16.1,2). E algumas se notabilizaram como fiéis cooperadoras do apóstolo Paulo, como Febe, a mencionada Priscila, Trifena, Trifosa, etc. (Rm 16), além de Lídia, a vendedora de púrpura (At 16.14). Não há nenhuma referência a mulheres exercendo atividades pastorais.
6) Alguns teólogos feministas — de maneira precipitada e infeliz — afirmam que Paulo era machista, contrário às mulheres, em razão de sua formação. Isso não resiste a uma exegese, pois nenhum machista aconselharia os homens a amarem a sua própria mulher, como em Efésios 5.25. Nenhum machista citaria tantas mulheres, como em Romanos 16. Paulo, como imitador de Cristo (1 Co 11.1), tratou as mulheres da mesma maneira que o Senhor. E, quem dentre nós, tem autoridade para dizer que Jesus era machista?
7) Se Paulo era machista, o que dizer de Jesus, que escolheu doze homens para compor o ministério da igreja nascente, de acordo com Mateus 10.2-4? Ele teria se enganado? Ou o Mestre tinha algum vínculo com fariseus, saduceus, escribas ou quaisquer grupos machistas de sua época?
8) Na escolha dos primeiros diáconos, que poderiam vir a ser ministros, caso tivessem chamada de Deus para tal e servissem bem ao ministério (Hb 5.4; 1 Tm 3.13), os apóstolos disseram: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões…” (At 6.3).
9) No primeiro concílio, em 52 d.C., os rumos da igreja foram traçados por homens (At 15).
10) Em Apocalipse 2 e 3, são mencionados os pastores das igrejas da Ásia.
Como se vê, apesar de toda a polêmica em torno desse assunto, a Bíblia é clara. Embora as mulheres tenham importante papel ao longo das páginas do Novo Testamento, aparecendo na linhagem e no ministério de Cristo (Mt 1.3,5,6,16; Lc 8.1-3), Deus conferiu aos homens, em regra geral, o exercício da liderança eclesiástica (Ef 4.8-11).
UMA PALAVRA ÀS IRMÃS EM CRISTO
Amadas irmãs, peço-lhes que não fiquem bravas comigo. Talvez, se eu fosse uma mulher, as irmãs aceitariam melhor o que tenho exposto. Mas quero lhes dizer que as irmãs podem e devem pregar o evangelho, orar pelos enfermos e desempenhar todas as tarefas de um seguidor de Jesus (Mc 16.15-18), pois também são cooperadoras de Deus (1 Co 3.9).
O que lhes é vedado, não por mim, mas pela Palavra de Deus, é o desempenho de funções reservadas aos ministros. Por exemplo, só os ministros podem ungir os enfermos (Tg 5.14; Mc 6.13). Nem os homens, se não pertencerem ao ministério, podem fazer isso! Nesse caso, as mulheres também não devem ungir, a menos que queiram agir por conta própria, e não segundo os preceitos bíblicos.
Por outro lado, muitos obreiros — por falta de conhecimento ou amadurecimento — as impedem de testemunhar, valendo-se erroneamente do texto de 1 Coríntios 14.34,35. Aqui, Paulo com certeza não se opôs à pregação feita por mulheres, visto que no capítulo 11 ele mesmo disse que as mulheres podem profetizar na casa de Deus. Certamente, o apóstolo se referiu ao falatório ou a um tipo de participação no culto que implicasse ascendência das mulheres sobre os ministros do Senhor, o que infelizmente aconteceu na igreja de Tiatira (Ap 2.20-22).
Outro texto que tem sido usado de modo errado para impedir as irmãs de ministrarem em escolas dominicais, conferências, estudos, etc., é 1 Timóteo 2.12. Mas o apóstolo Paulo, claramente — à luz dos contextos imediato e remoto —, alude a um tipo de participação feminina que resulte em enfraquecimento da autoridade masculina, quer no lar, quer na casa de Deus, o que fere os conceitos bíblicos já expostos neste artigo.
Finalmente, reconheço, queridas irmãs, que há exceções, como mulheres que estão no campo missionário. Mas não devemos transformar as exceções em regras, como tem ocorrido em igrejas cujas esposas de pastores são declaradas, automaticamente, pastoras. Quando fazemos valer a nossa própria vontade ou a de outras pessoas à nossa volta, e não a vontade de Deus, corremos o risco de enquadramento no que o Senhor Jesus disse em Mateus 7.21-23

por Ciro Sanches Zibordi

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Livro Selado Com Sete Selos





À direita de Deus, João viu um livro selado com sete selos escrito por dentro e por fora. Ninguém podia abrir, nem ler e nem olhar para aquele livro. O único que podia abrir o livro era o Leão da tribo de Judá, que representa Jesus Cristo.

Apocalipse 5.1,2, 4 e 7


O que será que aquele livro continha que ninguém podia abri-lo?

A resposta está em Ezequiel 2:9-10. Ezequiel também teve a visão desse livro e ele nos diz que no livro estavam escritos lamentações, suspiros e ais. Portanto, nesse livro selado com sete selos continha todo plano de Deus para consumar a profecia de Daniel conforme está escrito em Dan. 9:24 e que iria se cumprir integralmente durante o período da tribulação, tribulação esta representada pelos suspiros e ais contidos no livro.

Os sete selos representam a plenitude na consumação do plano de Deus nesse período de tribulação. A cada selo que Jesus abre, é mostrado um determinado acontecimento que ocorrerá na Terra. O livro selado com sete selos não representa sete juízos de Deus, mesmo porque há fatos repetitivos na execução de cada selo. O livro é na verdade, como se fosse uma reportagem dos acontecimentos durante a tribulação. Os verdadeiros e únicos juízos são somente sete, representados pelas sete trombetas/taças (cada trombeta corresponde a uma taça que ocorre simultaneamente).

Quando foi dito que Jesus era digno de abrir os selos, houve júbilo e louvores no céu (Apoc. 5:8-14). É obvio o fato de que somente Jesus era digno de abrir os selos, pois foi Ele quem venceu o pecado e a morte, foi Ele que se entregou para remissão dos pecados dos homens e é Ele quem irá restaurar a terra e eliminar a maldição gerada pelo pecado. Ninguém mais seria digno deste ato.

Convém lembrar que sempre estamos falando em símbolos. É evidente que ninguém, vai chegar ao céu diante de Deus e ver um cordeiro com sete olhos, na realidade vamos ver Jesus como Ele realmente é. O cordeiro é apenas um símbolo. Da mesma forma, não existem apenas quatro anjos diante de Deus mas milhares e milhares. Dizemos ainda que não são apenas vinte e quatro os salvos ressuscitados da igreja. Esses vinte e quatro anciãos apenas representam todos os homens que compõem a igreja de Cristo.

Resumindo, logo após o fim da era da igreja, quando se inicia o período da tribulação, esta será a cena nos céus:
- Deus assentado no trono e Jesus ao seu lado.
- Ao redor do trono, os anjos de Deus, a igreja ressuscitada, e as almas dos que estavam salvos mas aguardando a ressurreição e o juízo final após o milênio.
- E mais tarde aparecem as almas dos santos martirizados na tribulação que também ficam aguardando a ressurreição que vai ocorrer no final da tribulação e no inicio do milênio.


| Autor: Walter Ponci

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Senhor Satisfaz Todos os Nossos Desejos?






“Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.”

Salmos 37.4, ARA

O texto acima tem sido interpretado de maneira equivocada por muitos, na medida em que afirmam que tudo que desejarmos, na medida em que nos agradarmos ou nos deleitarmos no SENHOR, poderemos conquistar. Afirmam: você pode ser o que quiser e ter o que quiser. Você pode ser rico, ter a casa que quiser, o carro que quiser, ser pastor de um grande ministério, ser um conferencista internacional, etc. O que os referidos pregadores e mestres não deixam claro é o significado de agradar-se ou deleitar-se no SENHOR.
O termo hebraico para “agrada-te” ou “deleita-te” é ´anagh, que pode significar a capacidade de ser flexível. Dessa forma, a satisfação do desejo do nosso coração depende da nossa capacidade de flexibilizar a nossa vontade diante da vontade de Deus.
Um texto que deixa isso muito claro é 1 João 5.14-15:
“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”
Observe que a garantia de termos o que pedimos depende do conhecimento da vontade de Deus para a nossa vida. Na medida em que conhecemos esta vontade (geral e específica), e nos deleitamos nela, ou seja, aceitamos esta vontade e buscamos esta vontade, o SENHOR a cumprirá de forma plena em nossa vida.
A vontade de Deus é soberana:
“Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.” (Sl 135.6)
A vontade de Deus é boa (gr. agathos), produz benefícios. A vontade de Deus é agradável (gr. euarestos), ou aceitável. A vontade de Deus é perfeita (gr. teleios), completa e sem nada a acrescentar (Rm 12.2). Dessa maneira, conhecendo tais verdades, e nos deleitando nestas verdades, ao ponto de submetermo-nos a elas, o SENHOR satisfará o desejo de nosso coração, que na realidade estará em linha com o desejo do coração dele para conosco.
Outro fato interessante é que os pregadores e mestres que distorcem o sentido do Salmo 37.4 geralmente omitem o versículo seguinte: “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará” (Sl 37.5). Perceba que existem algumas condições bastante claras na direção da satisfação do desejo do nosso coração, dentre elas a entrega e a confiança total no SENHOR. Quando eu entrego o meus caminho ao SENHOR e confio nele, abro mão dos meus próprios caminhos e da autoconfiança de pensar que sei o que é o melhor para minha vida, família e ministério.
Que possamos nos enquadra naquilo que as Escrituras revelam do sentimento de Deus para com o rei Davi, autor do Salmo 37:
“E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.” (At 13.22)


|  Autor: Pr Altair Germano

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Um Gigante chamado Egoísmo.




 E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

Mateus 22.34-40

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mt. 22:39
O povo brasileiro é egoísta? Justifique sua resposta.
"Cada um por si e Deus por todos!" – Com certeza, você já ouviu esta frase. Ela traduz o conceito que muitos têm da vida. São aqueles que se preocupam apenas consigo próprios. E não são poucos os que só querem levar vantagem. Esta atitude, tão presente no coração humano, que se manifesta nos relacionamentos é chamada "egoísmo".
O dicionário define "egoísmo" como sendo "o amor exclusivo de sua pessoa e de seus interesses". De fato, o egoísta não se preocupa com os outros, mas trata só dos seus próprios interesses.
A ética cristã, emanada do Novo Testamento, é contundentemente contrária às atitudes egoístas. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo enfatizar a ética cristã centrada no amor, e despertar o povo de Deus para um viver altruísta, o que, sem dúvida, representa um positivo testemunho ao mundo.
Breve Análise do Texto
A passagem tomada por base para este estudo apresenta o relato de mais uma das tentativas de conspiração dos saduceus e fariseus contra Jesus. A intenção de um dos intérpretes da Lei, ao formular a Jesus a pergunta sobre qual seria o maior mandamento da Lei, era criar uma situação em que Jesus viesse a blasfemar. Certamente, o intérprete da Lei se surpreendeu com a resposta de Jesus, pois ele se valeu de Deuteronômio 6.4,5 e afirmou que o maior mandamento consiste em amar a Deus sem reservas. Jesus prossegue e recorre a Levítico 19.18 para dizer que há um se­gundo mandamento, ligado ao primeiro, o qual consiste em amar ao próximo como a si mesmo.
Conforme R. G. V. Tasker, "um homem não pode amar a Deus num sentido real sem amar também a seu próximo, feito como ele à imagem de Deus”. Esta é a mensagem de I João 4.20,21. Os evangelistas Marcos e Lucas também relatam o episódio (Mc 12.28-34 e Lc 10.25-37), mas não dizem que o intérprete da Lei estava experimentando a Jesus.
Enfatizando a centralidade do amor, Jesus declara que "destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (v. 40). Mas, por que são estes dois mandamen­tos os mais importantes? Guilhermo Hendriksen sugere três razões:
1. A fé e a esperança recebem, o amor dá.
2. Todas as demais virtudes estão incluídas no amor.
3. O amor segue o padrão de Deus, pois Deus é amor.
Há uma canção, cuja letra diz: "Amor! Ser cristão é ter amor. Ama o teu próximo como a ti mesmo. Deus é amor". O egoísmo é incompatível com a vida no reino de Deus.
Tópicos para Reflexão
1. CARACTERÍSTICAS E MALES DECORRENTES DO EGOÍSMO
Escrevendo ao jovem Timóteo (II Tm 3.1-9) o apóstolo Paulo o preveniu de que nos últimos dias sobreviriam tempos difíceis, quando os homens seriam, entre outras coisas, egoístas. Como já foi exposto na introdução, o egoísmo caracteriza-se pela concentração dos interesses do indivíduo em si mesmo, em detrimento das necessidades do semelhante.
O ser humano foi criado por Deus para viver numa saudável interdependência -"não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). O salmista declarou: "Oh, como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!" (Sl. 133.1). A igreja do Novo Testamento se distinguia em virtude de um estilo de vida desprendido e altruísta (At 4.32-37).
Na sociedade moderna verifica-se um acentuado individualismo. Em vez de aproximar as pessoas, como pareceria lógico, a globalização acaba promovendo o isolamento e o distanciamento. O modelo econômico neo-liberal interfere diretamente em nossas relações. O mercado transforma-se numa selva, e "salve-se quem puder". O resultado disso é que retrocedemos à mentalidade de Caim: "acaso, sou eu Mor de meu irmão?" Os homens deixam de ser irmãos e parceiros e transformam-se em concorrentes.
A riqueza produzida no mundo e os recursos disponíveis são suficientes para garantir uma condição de vida digna a todos os habitantes do planeta, com acesso ao básico: alimentação, moradia, saúde e educação. Não faltam recursos. O problema é que sobra egoísmo. O egoísmo é o grande responsável pelas cruéis e brutais desigualdades entre pessoas, povos e nações. Mas a Palavra de Deus garante um severo juízo contra aqueles que pensam só em si (Is. 5.8; Lc 12.20,21; Tg 5.1-6).
2. O EGOÍSMO E O MANDAMENTO DO AMOR
A ética cristã está fundada no amor: amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Aí não há espaço para o egoísmo. A parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37) ilustra muito bem o que significa amar ao próximo como a si mesmo.
Aonde prevalece o egoísmo não há amor, nem ao próximo nem a Deus. É por isso que Jesus condenou os fariseus e sua falsa devoção (Mc 12.38-40).
O amor abre caminho para o encontro e a harmonia do ser humano com o Criador, com o próximo, consigo mesmo e com o meio-ambiente. O amor gera vida e liberdade. Quando o amor determina as nossas relações, aí se estabelecem a fraternidade, a partilha, a cooperação e a justiça.
O egoísmo arraigado em tantos cora­ções e mentes, tem sido um grande empecilho para a construção de um mundo mais humano, justo e solidário. Diante da cultura do individualismo e da competitividade que rege o mundo hoje, onde o outro é visto não como irmão e parceiro, mas apenas como concorrente, o povo de Deus é desafiado a deflagrar uma revolução: a revolução do amor (Mt 5.43-48).
3. O DESAFIO A UM VIVER ALTRUÍSTA
"Altruísmo" é o oposto de "egoísmo". Ser altruísta significa ter amor ao próximo, ser abnegado, estar comprometido com causas filantrópicas.
O altruísmo deve ser uma marca in­confundível de todo cristão. É deprimente alguém se declarar cristão, e viver egoisticamente. Em seu livro Ética do Novo Testamento, Heinz Dietrich declara: "Não há amor verdadeiro e pleno, do coração todo a Deus, sem o amor ao próximo".
O altruísmo cristão, ordenado por Jesus, transforma-se num veemente testemunho ao mundo (Mt 5.16).
O nosso compromisso solidário não pode se limitar à igreja a que pertence­mos. Devemos abrir o coração às neces­sidades que nos rodeiam, e o nosso envolvimento deve ser mais abrangente e efetivo. O evangelho que pregamos, muitas vezes se mostra acentuadamente conceitual e teórico, e pouco altruísta. Aprendamos com Jesus! (Mt 9.35-37; 14.13-21). Pensemos mais em nossos irmãos! Amemos mais uns aos outros!
A influência do modo de vida atual atin­ge também os cristãos. Cada um deve avaliar se está vivendo conforme a ética do reino de Deus, fundada no amor, ou se está simplesmente seguindo o curso deste mundo.
Nossa vida cristã não consiste em vivermos para nós mesmos, e sim em vivermos para servir aos nossos irmãos. Lembremos que o maior no reino de Deus é medido pela sua capacidade de Servir.
Reflexão Pessoal
1. Você se acha uma pessoa altruísta?
2. Você tem o costume de ajudar pessoas e entidades filantrópicas?
3. Que propósitos você deseja firmar diante de Deus, após este estudo?


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Qual a Atitude Bíblica Sobre o Zodíaco?




Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias, em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura te podes fortalecer.

Isaías 47:12


Desde os tempos antigos, algumas pessoas têm procurado orientações nas estrelas. O zodíaco é uma faixa celeste dividido em 12 seções conhecidas por signos. Os astrólogos o usam como a base de seus prognósticos divulgados nos horóscopos de jornais e revistas. Baseado na data de nascimento da pessoa (sob qual signo), eles definem características da personalidade e predizem o futuro da pessoa. Há pessoas que não tomam nenhum passo antes de consultar seu horóscopo ou astrólogo. Como o servo de Deus deve encarar o zodíaco e a prática de astrologia?

A Bíblia aborda esses assuntos de duas maneiras. Primeiro, qualquer tipo de adoração a estrelas ou outros corpos celestiais é proibido. O fato é que Deus nunca autorizou adoração a nenhuma criatura (Romanos 1:25). Quando algumas pessoas em Jerusalém adoraram o sol, Deus chamou o ato de abominação (Ezequiel 8:15-17), uma palavra bem forte usada para descrever os piores dos pecados. Manassés, um dos piores reis de Judá, cometeu a abominação de se prostrar "diante de todo o exército dos céus" (2 Reis 21:3). O neto dele, o bom rei, Josias, mandou que tirassem do templo as coisas usadas na adoração ao "exército dos céus" (2 Reis 23:4). Deus prometeu destruir os lugares onde "queimaram incenso a todo o exército dos céus" (Jeremias 19:13). Sofonias condenou pessoas que adoravam ao Senhor, mas, ao mesmo tempo, adoraram "o exército do céu" (Sofonias 1:5).

Mas, alguém pode se defender dizendo que não adora às estrelas e sim, as consulta para saber mais sobre o futuro. Neste ponto podemos ver a importância da segunda abordagem bíblica: Deus condena qualquer fonte de revelação fora da palavra dele. Deuteronômio 18:9-14 é um trecho interessante a esse respeito. Deus incluiu entre as abominações os advinhadores, prognosticadores, agoureiros, feiticeiros, encantadores, necromantes e mágicos. Ele não somente condenou tais práticas entre os israelitas, mas também disse que as mesmas eram motivos pela destruição dos povos gentios que habitavam a terra de Canaã. Assim ele mostra que a busca de revelações de qualquer outra fonte, a não ser o próprio Deus, sempre foi pecado entre qualquer povo em qualquer época.


Como o cristão deve pensar sobre horóscopos, revistas de astrologia, etc.? Deve entender que são coisas abomi-náveis ao Senhor e que trarão a ira dele. Não convém nem olhar para tais coisas.


| Autor: Dennis Allan

sábado, 25 de janeiro de 2014

Amós - A Justiça Social Como Parte da Adoração




Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome com o qual Deus a chamará: O Senhor é a nossa justiça.

Jeremias 33.16


O estudo sobre os Doze Profetas Menores será relevante na medida em que aprendermos e aplicarmos aos nossos dias as suas preciosíssimas lições.

O HOMEM E A SUA VOCAÇÃO PROFÉTICA
Amós era natural de Tecoa, um povoado que ficava ao sul de Jerusalém, a menos de 20 km da capital de Judá (Am 1.1). Sua atividade antes de exercer o ministério profético era a de boieiro (vaqueiro) e de cultivador de sicômoros (Am 7.14). Não se sabe ao certo se na condição de boieiro Amós era proprietário de um pequeno rebanho ou um assalariado. A atividade de cultivador de sicômoros, fruto comestível, implicava em arranhar as frutas com a unha ou com um objeto de metal antes que amadurecessem, para que dessa forma ficassem doces.

O PROFETA, O LUGAR E A ÉPOCA EM QUE EXERCEU O SEU MINISTÉRIO
O ministério profético de Amós foi exercido em Betel (hb. bet-’el, casa de Deus). A cidade de Betel chamava-se Luza, mas os israelitas, ao se apropriarem da região, passaram a chamá-la como o nome do santuário cananeu. A narrativa histórica sobre Abraão e Jacó faz menção de Betel (Gn 12.8; 13.3-4; 28.10-22). Após o cisma entre as tribos do norte e do sul, em aproximadamente 931 a.C., Betel foi transformado em santuário nacional pelo rei Jeroboão I, que aí instalou a imagem de um touro (I Rs 12.26-33). Amós profetizou quando Uzias era o rei de Judá, e Jeroboão II (filho de Joás, reinava em Israel, por volta de 760 a.C.

OS DESTINATÁRIOS DA MENSAGEM PROFÉTICA DE AMÓS
As primeiras mensagens proféticas de Amós são direcionadas a Damasco (1.3), Gaza (1.6), a Tiro (1.9), a Edom (1.11), a Amom (1.13) e a Moabe (2.1). Como é de se esperar, quando as profecias são juízos de Deus contra os inimigos de Israel, o povo se une e aplaude o profeta. A sétima mensagem profética é também bem recebida, pois se destina a Judá (2.4), cuja rivalidade com o reino do Norte era ainda grande.

Conheço “profetas” hábeis na arte de profetizar contra os “inimigos” de uma instituição ou da liderança, mas não se portam da mesma maneira quando as coisas na instituição para quem profetizam, ou na liderança da mesma não vão bem. Amós não era esse tipo de profeta, levado pela conveniência.

A oitava mensagem de Amós se volta contra a própria nação de Israel, denunciando as mazelas da classe dominante, do sistema vigente, injusto e opressor. Amós não recuou diante da difícil e impopular tarefa de profetizar contra os seus ouvintes.

A MENSAGEM PROFÉTICA DE AMÓS
Entre os pecados denunciados por Amós estavam:

- O luxo das classes dominantes:
Ai dos que repousam em Sião e dos que estão seguros no monte de Samaria; que têm nome entre as primeiras nações. E aos quais vem a casa de Israel. [...] que dormis em camas de marfim, e vos estendeis sobre os vossos leitos, e comeis os cordeiros do rebanho e os bezerros do meio da manada; que cantais ao som do alaúde e inventais para vós instrumentos músicos como Davi; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis pela quebra de José. Eis que, agora ireis em cativeiro entre os primeiros que forem cativos, e cessarão os festins dos regalados. (Am 6.1, 4-7)


Os pecados do tempo de Amós não se repetem em nossos dias? Basta olhar para os líderes evangélicos que multiplicam seu patrimônio através do uso indevido dos dízimos e das ofertas das lavadeiras, pedreiros, ambulantes, viúvas pensionistas, e até dos mais bem remunerados e posicionados socialmente.

Conheço líderes que possuem um rico patrimônio, pois já eram bem sucedidos em suas atividades profissionais. Outros enriqueceram “do dia para a noite”, se utilizando dos recursos da igreja, alegando “autoridade dada por Deus para isso”. Que vergonha, que vexame, que insensatez!

Como pode um líder cristão adquirir apartamentos e coberturas em prédios de luxo, fazendas, gados, carros luxuosíssimos e outros bens, e ainda assim ficar com a consciência tranquila diante da condição da maioria? O Senhor julgará os que assim praticam.

E o que falar das “vacas de Basã” (Am 4.1)? As mulheres em Samaria incitavam os maridos para manter a opressão e o luxo, pois do mesmo também desfrutavam. Não nos parece as “vacas de Basã” com as esposas de líderes cristãos inescrupulosos, aquelas que passam o dia (e todos os dias) nos shoppings procurando as últimas novidades, os recentes lançamentos? Que entregam o trabalho de oração às irmãs simples da igreja, enquanto o seu próprio trabalho é gastar, gastar e gastar? Para as vacas de Basã Amós profetizou:

Jurou o Senhor Jeová, pela sua santidade, que dias estão para vir sobre vós, em que vos levarão com anzóis e a vossos descendentes com anzóis de pesca. E saireis pelas brechas, uma após outra, e vos lançareis para Hermom, disse o Senhor. (Am 4.2-3)

- A injustiça social:
Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis um tributo de trigo, edificareis casas de pedras lavradas (casas luxuosas), mas nelas não habitareis; vinhas desejáveis plantareis (sítios e fazendas), mas não bebereis do seu vinho. Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. (Am 5.11-12)

Reparem na riqueza de detalhes desta mensagem, e das suas similaridades com situações vivenciadas em nossos dias. Líderes exigem tributos (dízimos e ofertas), como já falamos, aumentam o patrimônio pessoal escandalosamente, enquanto irmãos necessitados deixam de ser atendidos e socorridos pelos mesmos líderes nos seus gabinetes pastorais. Os necessitados pedem socorro e ajuda, mas o líder nunca pode atendê-los, sempre ocupado em reuniões para tratar dos “negócios”, ou desfrutando do conforto e privilégios de suas riquezas injustas.

- A formalidade no culto e na adoração a Deus
Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos. (Am 5.21-23)

Assim como fez Isaías acerca de Judá e Jerusalém (Is 1.1, 10-20), Amós também anuncia o aborrecimento de Deus diante da hipocrisia manifesta nas festas e reuniões solenes de adoração.

Uma festa após outra, um aniversário após outro, um culto após outro, e nada de mudança de atitude, de submissão, de obediência à Palavra de Deus. Nunca se fez tanta festa em meio a tanta injustiça: [...] os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. (Jo 4.23)

ACUSAÇÃO E REJEIÇÃO DO MINISTÉRIO PROFÉTICO DE AMÓS
Como era de se esperar, por não compactuar com os interesses dos poderosos e do “rei”, Amós é acusado de conspiração contra o rei e “convidado” a se retirar de Israel:

Então, Amazias, o sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: Amós tem conspirado contra ti, no meio da casa de Israel; a terra não poderá sofrer todas as suas palavras. Porque assim diz Amós: Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado para fora de sua terra em cativeiro. Depois, Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza; mas, em Betel, daqui por diante, não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino. (Am 7.10-13)

Todo líder opressor e explorador possui bajuladores a seu serviço. Amazias, o sacerdote de Betel, se enquadra perfeitamente nesse perfil. Bajuladores estão sempre procurando “conspiradores”, ou seja, aqueles que não se enquadram no “esquema” ou “sistema” do rei. Que na direção do Espírito alertam e denunciam o pecado. Quando os bajuladores assim agem, estão na verdade defendendo os seus próprios interesses e privilégios. Bajuladores não são amigos do “rei”, são oportunistas descarados. Você conhece algum?

“Foge para a terra de Judá [...] e ali profetiza”. Como já falamos, é sempre mais confortável quando a profecia é direcionada para os outros. Amazias manda que Amós retorne ao seu lugar de origem.

Outro fato é digno de nota na fala de Amazias: “não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino”. Nos dias atuais, muitos líderes cristãos estão fazendo da igreja propriedade particular. São os donos do santuário. Governam como donos, e quando estão para jubilar ou morrer tratam de transferir o “seu” ministério ou o “seu” campo (o santuário e a casa do reino) para alguém da família.

Com certeza, como foi nos dias de Amós, Deus julgará os que na atualidade rejeitam a advertência do Senhor, e escolhem viver conforme as suas próprias concupiscências.

Para encerrar, penso que a melhor maneira é usando uma das frases proferidas por Amós: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Jeová, quem não profetizará?” (Am 3.8)


| Autor: Pr Altair Germano |

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O milagre vai acontecer.





Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

 João 11.40

Houve um homem de Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efrateu.
E este tinha duas mulheres: o nome de uma era Ana, e o da outra Penina. E Penina tinha filhos, porém Ana não os tinha.
Subia, pois, este homem, da sua cidade, de ano em ano, a adorar e a sacrificar ao Senhor dos Exércitos em Siló; e estavam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli.
E sucedeu que no dia em que Elcana sacrificava, dava ele porções a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos, e a todas as suas filhas.
Porém a Ana dava uma parte excelente; porque amava a Ana, embora o Senhor lhe tivesse cerrado a madre.
E a sua rival excessivamente a provocava, para a irritar; porque o Senhor lhe tinha cerrado a madre.
E assim fazia ele de ano em ano. Sempre que Ana subia à casa do Senhor, a outra a irritava; por isso chorava, e não comia.
Então Elcana, seu marido, lhe disse: Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?
Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor.
Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente.
E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
E sucedeu que, perseverando ela em orar perante o Senhor, Eli observou a sua boca.
Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada.
E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho.
Porém Ana respondeu: Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR.
Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora.
Então respondeu Eli: Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.
E disse ela: Ache a tua serva graça aos teus olhos. Assim a mulher foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste.
E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e chegaram à sua casa, em Ramá, e Elcana conheceu a Ana sua mulher, e o Senhor se lembrou dela.
E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.
E subiu aquele homem Elcana com toda a sua casa, a oferecer ao Senhor o sacrifício anual e a cumprir o seu voto.
Porém Ana não subiu; mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então o levarei, para que apareça perante o Senhor, e lá fique para sempre.
E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer aos teus olhos; fica até que o desmames; então somente confirme o Senhor a sua palavra. Assim ficou a mulher, e deu leite a seu filho, até que o desmamou.
E, havendo-o desmamado, tomou-o consigo, com três bezerros, e um efa de farinha, e um odre de vinho, e levou-o à casa do Senhor, em Siló, e era o menino ainda muito criança.
E degolaram um bezerro, e trouxeram o menino a Eli.
E disse ela: Ah, meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR.
Por este menino orava eu; e o Senhor atendeu à minha petição, que eu lhe tinha feito.
Por isso também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver, pois ao Senhor foi pedido. E adorou ali ao Senhor.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A voz do povo é a voz de Deus?




Então disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho transgredido a ordem do Senhor e as tuas palavras; porque temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz.

1 Samuel 15.24

Fico muitas vezes a pensar em certas coisas que as pessoas dizem entre varias quero destacar uma que diz: A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS. Depois de uma reflexão, vejo que esta frase não passa de uma infeliz e por que não dizer ardilosa armadilha para que o nome de Deus seja denegrido em todos os sentidos, em fim, vejamos. Será que Deus estava de acordo com que o povo estava fazendo com seu filho Jesus, quando escolherão Barrabas para ser solto e crucificar a Jesus?  Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus? Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador. (João 18.39-40), isso na verdade aconteceu em cumprimento da palavra registrada em Isaias. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. (Isaías 53.7), voltando um pouco mais na história Bíblica, encontramos Arão dando ouvidos a voz do povo, Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. (Êxodo 32.1).  Que fizessem uns deuses que eles pudessem adorar sendo que Moisés estava tardando e assim fez Arão, indo até I Samuel a palavra de Deus diz que foi dada uma ordem a Saul bem definida, direcionada, bem objetiva ao que ele deveria fazer com aqueles que se opuseram ao povo de Deus ao saírem do Egito eis a ordem de Deus para Saul: Então disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; ouve, pois, agora a voz das palavras do SENHOR. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos. (1 Samuel 15.1-3), a ordem era para destruir totalmente os Amalequitas, só que foi comprida em parte, porque Saul deu ouvidos a voz do povo, ficou com pena e não obedeceu por isso Samuel disse a Saul Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. (1 Samuel 15.22-23 )
 Pergunto quem saiu prejudicado nisso? Quando damos ouvidos a voz do povo é por que estamos com medo, assim como aconteceu com Saul, Arão e tantos outros, medo de acontecer alguma coisa conosco que venha nos prejudicar. Sou de opinião que:
A VOZ DO POVO NÃO É A VOZ DE DEUS É DO POVO.


Deus seja Louvado.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Adversidade - Fardo ou Ponte?



E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.


2 Coríntios 12:7-10

Introdução:

A adversidade atinge a todos mais cedo ou mais tarde. Alguns crentes se desintegram sob a pressão dos tempos difíceis. Tornam-se tão amargos e ressentidos em relação a Deus que se afastam do proposito em suas vidas. Podem até recorrer a comportamentos de dependência, na tentativa de escapar da dor. Outros enfrentam desafios semelhantes, mas tem uma reação totalmente diferente. Em vez de enfraquecê-los, a provação torna-os mais forte porque eles aprendem a depender mais plenamente no poder do Espírito Santo. A adversidade pode ser um fardo esmagador ou uma ponte para um relacionamento mais profundo com Deus.

I. Um fardo ou uma ponte?

A. Podemos ver os tempos difíceis como um fardo ou como uma ponte.
1. O fardo, espiritualmente falando, é um peso que pesa sobre nós. Podemos nos sentir cansados ou desanimados, sem alegria e paz.
2. Uma ponte, em contraste, é uma forma de superar a dificuldade e desenvolver um relacionamento mais profundo, mais íntimo com Deus.

B. Dois versos são a base da ponte a uma maior intimidade com o Senhor.
1. Salmo 103:19: “O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo”
2. Romanos 8:28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que são chamados por seu decreto”

II. A adversidade como uma ponte na vida de Paulo

A vida de Paulo é um dos melhores exemplos de como a adversidade pode atuar como uma ponte para uma relação mais próxima com Deus. Sem as revelações sobrenaturais que o Senhor deu a ele, teríamos uma visão muito menor sobre como viver dia-a-dia a vida cristã. Mas a sua intimidade com o Pai veio como o resultado da perda pessoal grave e dificuldades (Filipenses 3:8,10). Através das dificuldades, ele aprendeu:
A. O contentamento é possível no meio da adversidade. O apóstolo explicou: “Aprendi a viver contente em qualquer circunstância” (Fp 4:11).
B. Deus provê força sobrenatural em nossa fraqueza. As limitações de Paulo permitiu o poder do Espírito Santo trabalhar através de sua vida (2 Coríntios 12:9-10).
C. O Senhor é a fonte de todas as nossas necessidades. Quando confiamos plenamente no Pai, podemos contar com Sua provisão (Filipenses 4:19).
D. Podemos confiar na fidelidade do Senhor. Paulo tinha aprendido a depender do Senhor para conduzi-lo através de qualquer adversidade (1 Coríntios 10:13).
E. O Pai valoriza o servir mais do que os nossos desejos. Em vez de satisfazer a inclinação natural de Paulo ao conforto e a facilidade, Deus enviou a adversidade para prepará-lo para um serviço maior (2 Coríntios 12:7). O Senhor prioriza o desenvolvimento do caráter acima do conforto.
F. Em tempos difíceis, Deus nos dará força para proclamar a verdade. Porque Paulo foi preso, toda a guarda pretoriana ouviu o evangelho (Filipenses 1:13-15). Quanto mais adversidades nós enfrentamos, mais eficaz será a nossa mensagem aos outros.
G. Nós podemos tratar tudo como se vem de Deus. O Senhor usa tudo o que nós experimentamos até mesmo os erros dos outros, para seus objetivos em nossas vidas. Se formos capazes de aceitar as circunstâncias que vêm ao nosso caminho como uma oportunidade para crescer, impedirá que as adversidades nos tornem ressentidos.
H. Temos de aprender mais sobre o Senhor através das adversidades. O sofrimento muitas vezes é o estímulo a uma maior proximidade com Deus.
I. A adversidade nos prepara para confortar os outros de forma mais eficaz. Do ponto de vista de Deus, o sofrimento nos prepara para ministrar aos outros (2 Coríntios 1:3-8).
J. Deus tem um propósito específico para permitir a adversidade. O espinho de Paulo foi projetado para mantê-lo humilde e dependente de Deus, apesar das revelações surpreendentes espirituais que a ele tinha sido dado (2 Coríntios 12:7).
K. Temos que conhecer a alegria no meio da adversidade. Em Filipenses 4.4, o apóstolo escreveu: “Regozijai-vos sempre no SENHOR; outra vez digo, regozijai-vos”.

Conclusão:

Muito provavelmente, você está tendo algum grau de adversidade hoje. Você pode tentar lidar com ela usando seus próprios recursos, ou você pode optar por vê-la como um caminho para uma relação mais profunda com Jesus Cristo. Se você é um crente, o incrível poder do Espírito Santo está disponível para equipar, transformar e guiá-lo através de qualquer sofrimento. A ponte da adversidade pode levá-lo para um lugar de proximidade indescritível com o Senhor e Salvador, Jesus Cristo.


| Fonte: Instituto Teológico Gamaliel