Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do
Senhor.
Efésios
5.17
E veio
a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Levanta-te,
vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu
até à minha presença.
Porém,
Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a
Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu
para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do
Senhor.
Mas o
Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma forte tempestade, e o
navio estava a ponto de quebrar-se.
Então
temeram os marinheiros, e clamavam cada um ao seu deus, e lançaram ao mar as
cargas, que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém,
desceu ao porão do navio, e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono.
E o
mestre do navio chegou- se a ele, e disse-lhe: Que tens, dorminhoco?
Levanta-te, clama ao teu Deus; talvez assim ele se lembre de nós para que não
pereçamos.
E
diziam cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos
por que causa nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre
Jonas.
Então
lhe disseram: Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio este mal.
Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és tu?
E ele
lhes disse: Eu sou hebreu, e temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a
terra seca.
Então
estes homens se enche-ram de grande temor, e disseram-lhe: Por que fizeste tu
isto? Pois sabiam os homens que fugia da presença do Senhor, porque ele lho
tinha declarado.
E
disseram-lhe: Que te faremos nós, para que o mar se nos acalme? Porque o mar ia
se tornando cada vez mais tempestuoso.
E ele
lhes disse: Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se vos aquietará; porque
eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade.
Entretanto,
os homens remavam, para fazer voltar o navio à terra, mas não podiam, porquanto
o mar se ia embravecendo cada vez mais contra eles.
Então
clamaram ao Senhor, e disseram: Ah, Senhor! Nós te rogamos, que não pereçamos
por causa da alma deste homem, e que não ponhas sobre nós o sangue inocente;
porque tu, Senhor, fizeste como te aprouve.
E
levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria.
Temeram,
pois, estes homens ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifício ao
Senhor, e fizeram votos.
Preparou,
pois, o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três
dias e três noites nas entranhas do peixe.
E orou
Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe.
E
disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do
inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.
Porque
tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me
cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim.
E eu
disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu
santo templo.
As
águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na
minha cabeça.
Eu
desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre com os
seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó Senhor meu
Deus.
Quando
desfalecia em mim a minha alma, lembrei-me do Senhor; e entrou a ti a minha
oração, no teu santo templo.
Os que
observam as falsas vaidades deixam a sua misericórdia.
Mas eu
te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do
Senhor vem a salvação.
Falou,
pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.
E veio
a palavra do SENHOR segunda vez a Jonas, dizendo:
Levanta-te,
e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo.
E
levantou-se Jonas, e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era
uma cidade muito grande, de três dias de caminho.
E
começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, dizendo: Ainda
quarenta dias, e Nínive será subvertida.
E os
homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco,
desde o maior até ao menor.
Esta
palavra chegou também ao rei de Nínive; e ele levantou-se do seu trono, e tirou
de si as suas vestes, e cobriu-se de saco, e sentou-se sobre a cinza.
E fez
uma proclamação que se divulgou em Nínive, pelo decreto do rei e dos seus
grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa
alguma, nem se lhes dê alimentos, nem bebam água;
Mas os
homens e os animais sejam cobertos de sacos, e clamem fortemente a Deus, e
convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos.
Quem
sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira,
de sorte que não pereçamos?
E Deus
viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se
arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.
Mas
isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado.
E orou
ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha palavra, estando ainda na
minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és
Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal.
Peço-te,
pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver.
E disse
o Senhor: Fazes bem que assim te ires?
Então
Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela; e ali fez uma cabana, e
sentou-se debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.
E fez o
Senhor Deus nascer uma aboboreira, e ela subiu por cima de Jonas, para que
fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; e Jonas se
alegrou em extremo por causa da aboboreira.
Mas
Deus enviou um verme, no dia seguinte ao subir da alva, o qual feriu a
aboboreira, e esta se secou.
E
aconteceu que, aparecendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental, e o sol
feriu a cabeça de Jonas; e ele desmaiou, e desejou com toda a sua alma morrer,
dizendo: Melhor me é morrer do que viver.
Então
disse Deus a Jonas: Fazes bem que assim te ires por causa da aboboreira? E ele
disse: Faço bem que me revolte até à morte.
E disse
o Senhor: Tiveste tu compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a
fizeste crescer, que numa noite nasceu, e numa noite pereceu;
E não
hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento
e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão
esquerda, e também muitos animais?
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