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sábado, 16 de julho de 2016

Reconhecendo o exército inimigo






Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte;
Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.
E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça.
A ele seja a glória e o poderio para todo o sempre. Amém.

1 Pedro 5. 6-11


Todos estão envolvidos numa intensa batalha espiritual. Precisamos conhecer bem quem é nosso grande adversário e quais as estratégias por ele utilizadas.

Neste estudo veremos como se organiza e como age o exército inimigo de nossas almas, “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós”, 2 Corintios 2. 11


I - QUEM É SATANÁS, Isaias 14. 12-15

a) A origem do nome. A palavra Satã é de origem hebraica e significa adversário; o termo “diabo”, porém, é de origem grega e significa acusador. Ambas revelam o terrível caráter do nosso grande inimigo. Esse ser é o líder dos demônios, Marcos 3. 22.

Embora conhecido como dragão, antiga serpente, diabo e Satanás, Apocalipse 20. 2, como sendo um ser do mal e das trevas, ele teve sua origem no reino da luz.

O nome do atual anjo rebelde era Lúcifer, que significa ‘portador da luz’, uma tradução do verbo usado em Is 14. 12 que quer dizer brilhante. Essa passagem tem paralelos no Novo Testamento, Lucas 10. 18; Apocalipse 9. 1; 12. 9, levando muitos estudiosos à aplicação desse título a Satanás. Ele é mencionado na Bíblia como o originador do pecado, Genesis 3. 1, 4; João 8.44; 2 Coríntios 11. 3.

b) A queda de um querubim. O profeta Ezequiel, em 28: 1-19, repreende severamente o orgulho do rei de Tiro, mas, a certa altura da profecia, faz referências sobre-humanas, visando a outra pessoa que estaria por detrás do rei de Tiro: especificamente Satanás.

E é nesse texto que Deus, através de Ezequiel, revela ao homem, nos versos 12-19, a perfeição, sabedoria e beleza original do querubim que se tornou no diabo, bem como declara seu julgamento.

O que induziu criatura tão bela e perfeita a tal apostasia? Conforme o profeta Isaías, cinco motivos levaram Lúcifer à queda:

Violenta oposição a Deus, 14. 13: ‘subirei ao céu’ - desejo de dominar a morada divina;

Auto-exaltação, 14. 13: ‘acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono’ - desejo de dominar todos os seres angelicais;

Sede de poder, 14. 13: ‘no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte’. (O Norte, na literatura dos tempos de Isaías, significava a morada dos deuses, mas não o céu dos céus, e sim o universo. Lúcifer desejou o domínio do universo.);

Desejo de glória, 14: 14: ‘subirei acima das mais altas nuvens’. Lendo Êxodo 16. 10 e Isaias 19. 1, percebe-se que “nuvem” está intimamente ligada à glória de Deus. Lúcifer desejou a glória que só pertence ao Criador, Isaias 48. 11;

Mania de grandeza e subversão total, Isaias 14. 14: ‘serei semelhante ao Altíssimo’.


II - O EXÉRCITO DE SATANÁS, Apocalipse 12. 3-4.

a) Os demônios existem e Satanás é o seu líder. Satanás não está sozinho em seu domínio, nas trevas. Ele é o líder de um exército de renegados. Embora sejam criaturas de Deus, não foram criados como anjos maus.

O que aconteceu foi que eles não mantiveram a condição original que o Criador lhes concedeu, porém caíram do estado em que haviam sido criados, 2 Pedro 2. 4, Judas 6. Alguns demônios estão confinados, outros estão ativos no mundo, Mateus 12. 43-45.

b) Os demônios e os ídolos. Paulo, em 1 Coríntios 10. 19-20, parece entender que as deidades adoradas por Israel, relatadas no Antigo Testamento, não eram verdadeiros deuses, mas, na realidade, demônios.

O apóstolo fala acerca dos ídolos como representantes dos demônios. Veja também Apocalipse 9. 20. Esses demônios causam danos físicos, Mateus 9. 33, e podem vir a possuir o corpo de homens e animais, Mateus 4. 24; Marcos 5. 13. É o que se chama de possessão demoníaca.

c) Os demônios se opõem a Deus. O Novo Testamento deixa claro que os demônios são seres espirituais que têm prazer em opor-se a Deus e combater Sua obra, tendo Belzebu como seu príncipe, Marcos 3. 22. Eles buscam frustrar os propósitos de Deus, Efésios 6. 11-12. O apóstolo Paulo ensina que eles desejam impor seu próprio sistema de doutrina, 1 Timóteo 4. 1-5.

III - SATANÁS FOI DERROTADO

Todo cristão vive entre o já e o ainda não. Que quer dizer isso? Por um lado, já somos salvos pelo Senhor Jesus Cristo e já vencemos Satanás, mas ainda não estamos totalmente livres de seus ataques. Esse é o período mais perigoso de toda a batalha espiritual.

O cristão é o combatente que vive exatamente nesse período. A batalha decisiva foi travada e ganha no Calvário, Colossenses 2. 13-15. Mas daí até o final de toda a guerra ocorre o intervalo em que o cristão tem de mostrar sua firmeza e confiança na Palavra, João 16. 33, 1 Coríntios 3. 10-15. Mas, sempre temos de nos lembrar de que:

a) O inimigo está vencido. Ele opõe-se ao Evangelho, Mateus 13. 19; cega e engana Lucas 22. 3, 2 Coríntios 4. 4; aflige, Jó 1: 12 e tenta o povo de Deus, 1 Tessalonicenses 3. 5. Mas Jesus já o venceu na cruz, 1 João 3. 8.

b) O inimigo é limitado. Ele não é onipotente, onipresente e nem onisciente, atributos unicamente divinos, Isaias 40. 12-15; Salmos 139. 1-16; Jeremias 23. 23,24.

c) Há vitória no sangue de Jesus, Apocalipse 12. 11. Você deve, portanto, assumir sua posição de guerreiro e expulsar toda influência de Satanás de sua vida, Tiago 4. 7-8; Mateus 12. 25-29. A armadura de Deus mantém o crente  firme contra as ciladas do diabo e lhe dá condições de vencer essa batalha de fé, Efésios 6. 10-20.


                        Que o Senhor Deus na sua infinita misericórdia venha nos abençoar. Amém.

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