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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Raquel Chora Seus Filhos em Ramá.


 

Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

Salmos 30.5

Ramá é a abreviação do nome Ramote-Gileade, região citada muitas vezes no Antigo Testamento. Atualmente, atribui-se a localização de Ramá a Ramith situado em uma colina a duas horas de viagem de Jerusalém. O lugar ficou marcado pela tragédia da morte das crianças, por mando de Herodes. De dois anos de idade para baixo, nenhuma criança foi poupada da espada e em apenas um dia a matança se realizou gerando pranto e grande choro das famílias.

Profecia por Jeremias: "Assim diz o SENHOR: Uma voz se ouviu em Ramá, o gemido de muito choro amargo: Raquel chorando os seus filhos, recusando ser consolada quanto a seus filhos, porque eles não mais existem." Jeremias 31.15

Cumprimento: "Um som se ouviu em Ramá, o som do choro de tristeza amarga. Raquel estava chorando por seus filhos. Ela não quer ser consolada, porque eles estavam mortos." Mateus 2.18.

Raquel era esposa de Jacó e mãe de José e Benjamim. Por muito tempo Jacó chorou a morte de José, mas ele não estava morto, havia sido levado por mercadores como escravo para o Egito e por ser um homem valoroso e temente a Deus, tornou-se governador. Benjamim era o mais novo e serviu de instrumento de resgate para a família se livrar da fome, da morte e reencontrar o irmão José.

Os dois filhos de Raquel, representando choro e restauração. E é justamente o que a passagem Bíblica sobre o choro das mães em Ramá pretende nos transmitir. Enquanto Herodes mata as crianças, uma obra de esperança - a maior de todas - acontece nas redondezas: Jesus é dado como salvação para os povos, consolação de toda alma chorosa e amargurada.

No livro do profeta Jeremias, a profecia relacionada a Raquel era uma parábola ao cativeiro Babilônico, quando Ramá havia se transformado em campo de prisioneiros. O território era herança dos filhos de Benjamim (Josué 18.25) e agora abrigava as tribos do norte, chorosas e temerosas pelo destino de cada um. O ano, 722 a.C.

Voltando do cativeiro
A profecia completa de Jeremias fala não apenas de sofrimento, mas especialmente de restauração, vejamos:

“Assim diz o Senhor: reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão das terras do inimigo. E há esperança no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o Senhor, porque os teus filhos voltarão para o seu país” Jeremias 31. 16.17.

Deus enche de esperança as mães de Ramá! E podemos dizer que essas mães, são todas aquelas que choram por filhos em cativeiro. É preciso continuar trabalhando para que venha o galardão. E esse trabalho é à base de fé e oração.

Deus não omite o sofrimento e a dor em Sua Palavra, mas deixa evidente que Seu amor é capaz não apenas de curar, mas de restituir o que se perdeu.

Esperança no hebraico, se traduz como tiqvah “estender a corda ou cordão”.

Talvez seja mais fácil falar sobre fé e esperança do que viver esses referenciais. Mas a vida é esse desafio que se torna rude e pesado se lutamos com as próprias forças. E se torna surpreendente quando estamos com Cristo. O “cordão” alcança até os insondáveis lugares da eternidade, onde apenas Deus tem acesso para de lá nos revestir do impossível.

Raquel chorando seus filhos em Ramá é um lugar de indecifrável dor e de incomparável amor. Foi em Ramá que Ana chorou a Deus por um filho e recebeu como resposta Samuel e depois dele mais cinco crianças.

Em Ramá
Ramá diz respeito a mães e filhos, mas também a situações como a que atravessava a nação de Israel na época de Jeremias. Raquel se recusa a ser consolada, pelos homens, porque a nenhum deles é dado o poder de curar a alma das calamidades espirituais.

Ramá significa "lugares altos, elevados”, podemos dizer que é um lugar perto de Deus, Altíssimo. Onde se ouvem orações. Enquanto os filhos de Raquel morriam em Ramá, Deus entregava o consolo aos homens em Belém, Jesus era a promessa de restauração do cativeiro. Por essa causa, não desprezemos a fé, ela é a melhor escolha em todos os tempos.

Basta um olhar sobre o mundo e as matanças diárias, para percebemos que o choro de Raquel persiste através das gerações. Basta mais que um olhar para Deus, uma entrega de fé, para que a esperança permaneça viva em nós.


Wilma Rejane

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